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John Wick 3: Tudo do melhor nesse terceiro filme da franquia

Foto do escritor: Daniel MirandaDaniel Miranda

John Wick: Chapter 3 – Parabellum tem estreia dia 16 de maio nos maiores cinemas do país e conta, nessa terceira sequencia, a saga do lendário assassino John Wick lutando para sair de Nova York, quando um contrato de 14 milhões de dólares faz dele o alvo dos maiores assassinos do mundo, por conta do que ele fez no final do segundo filme.

O filme conta com, além de Keanu Reeves no papel principal, Halle Berry, Ian McShane (Wednesday em American Gods), Laurence Fishburne (inesquecível Morpheus em Matrix), Anjelica Huston (eterna Mortícia em Família Adams), Lance Reddick (The Wire),Jerome Flynn (Broon em Game of Thrones)Mark Dacascos (Esporte Sangrento e O Corvo) e Jason Mantzoukas (Adrian Pimento em Brooklyn99).


Sou uma das pessoas mais suspeitas e parciais para falar não só dessa franquia John Wick mas também, de Keanu Reeves. O ator, com 54 anos, executa várias cenas de luta e é responsável por 90% das cenas de ação, fazendo pouco uso de dublês não só nos filmes anteriores, como nesse também.

É assustador (de uma forma boa) que o filme tenha uma avaliação tão alta no Rotten Tomatoes, mas honestamente, é bom mesmo.  O diretor Chad Stahelski dirigiu TODOS os John Wicks e por isso, conseguiu se manter muito fiel não só a ideia inicial do filme, mas também a todo o ambiente e o contexto que o filme nos apresenta. É um filme com base numa fórmula que já deu muito certo (e tomara que continue dando), indo muito mais além da simples pancadaria, mas, por outro lado, é um trabalho sem pretensão nenhuma de ir muito além disso e concorrer, por exemplo, a grandes premiações no cinema.

Temos de volta Nova York, em seus dias normais, funcionando, às escondidas, a secreta organização de assassinos mercenários, a High Table, com membros em todo lugar do mundo. o Hotel Continental continua lá, bem como todas as características dessa irmandade e, por mais curioso ainda, a força do código de conduta entre assassinos e a honra que existe entre eles. A vibe retrô está lá e vai desde a estrutura do hotel, com uma aparência muito antiga mas com uma impecável estrutura para servir qualquer pessoa que apareça por lá “a serviço”. Todas as pessoas ligadas a essa irmandade respeitam rigorosamente esse código, o que traz toda uma graça a história que está sendo contada.

É notável o cuidado desse filme com a fotografia. As cenas escuras possuem uma paleta de cores alternando entre azul, verde e vermelho. As cenas de luta são mostradas com detalhes e há um cuidado com a imersão do telespectador, já que na falta de uma música em boa parte dessas lutas, ficamos apenas com o som dos golpes ou das armas, ou, em alguns momentos, com a respiração dos personagens. É como se as cenas de luta dos primeiros filmes se repetissem mas aqui, fossem levadas a outro nível.

Os cortes são meticulosamente pensados, com longos planos nas cenas para que o telespectador consiga entender muito mais que a simples cena que está sendo mostrada ali.

Um dos paralelos mais interessantes do filme é entre as cenas de luta e o balé que é executado. John Wick está sozinho, sendo caçado por quase todos os assassinos que pertencem à Cúpula e, para mostrar esse isolamento, há uma cena com uma bailarina, só, que está ensaiando várias piruetas (giros), caindo e tentando novamente. Em outro momento, enquanto as bailarinas estão ensaiando em grupo, há também, de outro lado do filme, John Wick sendo “ajudado” por aliados que, por algum motivo, resolvem não cumprir prontamente a ordem da Alta Cúpula. É quase que a cereja do bolo deixada ali por Stahelski.

Todos os personagens apresentados nessa franquia, vem para estabelecer conexões, traçar expectativas do futuro e desenhar o passado de todos eles, principalmente quando se encontram com o passado do próprio Wick. Engraçado é perceber que até o Hotel Continental, com toda a sua peculiaridade, é um personagem também! Só que dessa vez uma personagem teve um peso bem maior que outros que foram apresentados na franquia e por isso é importante falar da participação de Halley Berry. No papel de Sofia, ela possui um passado “em comum” com Wick (sem teor romântico, o foco do filme nunca foi tratar isso, nem de maneira incidental) e juntos, protagonizam uma das melhores e mais extensas cenas de luta de todos os três filmes. É sensacional e parece ter sido gravada num take só!

Alguns criticaram, por exemplo, as secretárias mostradas no trailer, usando sistemas de comunicação em papel e quando não, telefones e máquinas de datilografar, além de computadores muito antigos. O que possivelmente passou batido a esses que criticaram, foi que a atmosfera criada pelo filme é, de fato, retrô. A referência ao uso de pouca tecnologia se faz para dizer que todas as comunicações são “irrastreáveis”, conceito esse que fica fácil de ser absorvido numa obra de ficção. Ora, algumas comunicações secretas são feitas com “pombos-correio”! É genial essa atmosfera até porque justifica os filmes não caminharem para algo da ficção científica.

Aliás, é bom alertar que embora ela esteja sendo lançado, em alguns lugares do mundo, como um filme para IMAX, a verdade é que a experiência já é muito boa no cinema normal, sem 3D ou um 3D de ponta. Se você preferir ver numa sala das boas mesmo, com 3D e tela gigante, certamente isso vai ajudar na imersão mas, se você não quiser, tudo bem: o filme será igualmente bom.

Claro, não vai faltar também BONS DONOS de pet nessa história. Afinal, tudo começou por causa disso, não é?

Brincadeiras à parte, é um filme sensacional. Se já te agradou ver os dois primeiros filmes, esse não vai fazer feio. Pode confiar!

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