Horizon Zero Dawn (HZD) é, dentre os jogos mais recentes, uma das melhores e mais grandiosas experiências que tive num jogo, principalmente em termos de representação feminina. É também um jogo marcante para mim: foi minha primeira aquisição para PS4 e meu primeiro post aqui para o PãoGeekeijo. Apesar desse carinho pela franquia e depois de encerrar a história principal e contar com mais de 50 horas de jogo, sinto que HFW está para ser novamente injustiçado e provavelmente não vai ter o reconhecimento que merece. Vamos para o review de Horizon Forbidden West (HFW).
Captura por PãoGeekeijo
História redonda (sem spoilers)
Se você jogou Horizon Zero Dawn (HZD), sabe que Aloy destruiu a grande ameaça ao seu mundo, o Hades, e ao estacar sua lança no “cérebro” da máquina, impediu que o programa fosse replicado ou atingisse novas máquinas naquele mundo. O que ela não sabia – e descobrimos ainda no fim do jogo – é que Sylens, aquele que revelou à Aloy os caminhos que ela deveria tomar para saber a sua real origem, salvou uma cópia do Hades e fugiu para o Oeste. O Oeste é inclusive mencionado várias vezes no jogo como um local hostil e proibido, totalmente diferente daquele ambiente dos Carja, Nora e as demais tribos.
Uma vez vencido todo o mal, a capital Meridiana começa uma série de festejos e homenagens à Salvadora Aloy, esta que dada a sua criação, prefere se refugiar e voltar ao mundo que antes pertencia quando era exilada. Isso justifica ela ter se desfeito de boa parte de suas armas e das roupas adquiridas no primeiro jogo.
Porém, alguns meses depois, Aloy começa a investigar por sua conta uma “peste” que está tomando conta de seu mundo e matando tudo quando é vida. Uma vegetação vermelha que atinge tudo o que toca. Então a protagonista tem a ideia de buscar pelo backup da Gaia, o programa que criou tudo nesse mundo, para resolver o problema. Nisso começa a parte introdutória do jogo, depois de uma emocionante cutscene com o resumo da história principal de HZD. Após uma busca frustrada, Aloy volta à Meridiana e investiga a torre de transmissão de Hades, que começou a emitir sinais. Nisso ela descobre o que Sylens fez e onde ele está e é por isso que ela precisa ir para o Oeste Proibido. Depois de uma emocionante abertura de Aloy cavalgando um aríete e atravessando lugares incríveis, a missão realmente começa. É uma explicação plausível para justificar a sequência e a forma com que o jogo é iniciado, deixando também uma ponte para ser desenvolvida em uma possível sequência.
A história principal é igualmente rica, tal qual o primeiro jogo. Há uma explicação igualmente razoável para Aloy ter desfeito das armas na aventura anterior, existem skills novas e a justificativa para as novas máquinas, que surgiram justamente na fronteira com o Oeste. Tem esse vídeo introdutório das tribos do Oeste. VALE a pena assistir se você pretende mergulhar no jogo.
Também veremos máquinas que estamos familiarizados vagando por todo o mapa, muitas delas com melhorias explicadas na história, além de habilidades aprendidas por nossa guerreira, como o slow motion durante os ataques, os ataques silenciosos, a conversão de montarias e descidas de rapel. Há ainda novos e instigantes elementos que vão deixar o jogador encabulado com as camadas de detalhe da história.
Vamos começar falando dos detalhes gráficos e em seguida, técnicos.
Direção de arte e criação de personagens
Acredito que nunca vimos em nenhum jogo uma riqueza tão grande de personagens aleatórios e NPCs como Horizon Zero Dawn em 2017. A Guerilla repete a fórmula aqui criando uma gama imensa de personagens, de várias etnias, e que torna impossível de serem confundidos uns com os outros. Além disso são personagens centrais para o desenvolvimento da história principal, sejam eles os mocinhos ou os vilões.
We are proud to announce that Dutch Actress Hannah Hoekstra lends her likeness to Aloy. pic.twitter.com/vWFU7iaLpr — Guerrilla (@Guerrilla) January 31, 2017
Ian Cereddick revive Sylens na sequência, um dos personagens mais intrigantes e controversos da história do jogo.
"I've had challenges of my own these past six months, Aloy. The difference is I've made progress."@lancereddick reprises his role as Sylens in Horizon Forbidden West!#HorizonForbiddenWest #RiseAboveOurRuin pic.twitter.com/4wMWvVy5D1 — Guerrilla (@Guerrilla) January 24, 2022
Confira a galeria com alguns personagens.
Imagens obtidas na internet
Pessoas negras, brancas, amarelas e marrons são cuidadosamente desenhadas mantendo traços característicos com uma riqueza impressionante de detalhes típicos dessas pessoas, com algumas poucas interfaces de personagens se repetindo ao longo das missões secundárias. Existem personagens novos, velhos, crianças, magros, gordos, calvos.
Há também uma importante questão de identidade em personagens LGBTQI+ ao longo das missões, o que já existia no primeiro jogo. Por exemplo, na sidequest em torno do Baluarte, Aloy vai encontrar Wettaka, um homem que abertamente declara utilizar armaduras femininas (embora falte elementos para inferir que ele seja não binário ou até trans) e um rapaz gay, Penttoh, mostrado de uma forma doce e nada caricata. Esses dois personagens aparecem num contexto em que ser diferente não é ruim e está tudo bem, uma mensagem bonita dentro do jogo.
Captura feita por PaoGekeeijo
Pode parecer irrelevante para alguns mas certamente para muitos é positivo não apenas pela riqueza de detalhes e cuidado na criação, mas também por uma questão de representação em uma indústria focada em reproduzir padrões caucasianos nos jogos. Isso é algo que nenhum dos lançamentos do ano promete fazer e é algo que muitas pessoas não conseguem enxergar a grandeza em termos de representação.
Meu ponto negativo vai aqui pra personagens de missões que se repetiram e por uma personagem específica, Beta, que aqui apareceu com um polígono no ombro (um problema de gráfico ou de polidez, não sei dizer). Não posso colocar a foto da personagem aqui pois seria um spoiler muito grande da história. Porém, para ilustrar outro dos poucos problemas que vi, aconteceu uma vez de ter um objeto flutuante (imagem), uma vez um personagem desapareceu e outra vez mergulhei no limbo.
Captura por PãoGeekeijo
Cenários
Horizon Zero Dawn já havia arrancado muitos elogios pela construção dos cenários e um mapa amplamente diversificado, recurso cada vez mais explorado em jogos de mundo aberto. Há uma imensa variedade de fauna e flora para ser explorada, com zonas de transição que podem passar despercebidas para o jogador desatento.
Não há uma migração imediata de uma área de coníferas para a praia mas vai reparar as áreas em que a vegetação vai aos poucos sendo modificada. Existem áreas com vegetação mais acentuada, como o deserto arenoso, a floresta de pinheiros gigantes, manguezais, a savana e a praia tropical. Não são todos lugares que encontramos nos Estados Unidos – onde o jogo se passa – mas não é algo a se incomodar já que o jogo mesmo explica o Zero Dawn e as milhares de mudanças climáticas ao longo dos anos.
Captura por PãoGeekeijo
Existe uma grande variedade de ruínas dos povos antigos (nós, no caso), com recompensas justas para quem tem perfil explorador. Cada ruína ou carro pode ser algo escondido: basta que você saiba procurar.
A riqueza de detalhes não para por aí. Explorando o universo do Oeste, você vai se deparar com uma quantidade grande de povos tribais com tradições e modos de vida próprios. Os Utaru, com o hipnótico canto de louvor na cidade suspensa de Sonora, os três clãs Tenakth com construções no deserto e no deserto ou em meio às montanhas ou os Oseram: todos serão lugares igualmente interessantes de serem explorados. Inclusive o Oeste tem forte contraste com o Leste em termos de formação de sociedade: dá para ver as diferenças com os domínios do Rei Sol e as organizações sociais que são construídas onde a monarquia não tem espaço.
Direção de cortes e cutscenes
HFW transita entre cenas lindas com músicas marcantes, resgatando a emoção dos fãs da franquia, e, em alguns momentos, cenas com cortes mal feitos que tiram o feeling do momento em que estamos tentando entender o que está acontecendo e a reação das pessoas. Apesar da música que entra em momentos precisos para trazer as emoções à tona, a edição das cutscenes de ação incomoda, mas não é tão ruim por ter ocorrido poucas vezes. Inclusive, tem momentos que uma música mais intensa começa e ficamos procurando em volta para entender onde está o perigo.
Por outro lado, há mérito no jogo em nos transportar para cenas cinematográficas dignas de emocionar qualquer fã da franquia. A cena de abertura que linkamos no início, que me lembrou muito filmes da Disney, emociona facilmente qualquer pessoa que gosta da franquia.
Captura por PãoGeekeijo
Resgatar pescoções do fundo do mar ou dentro de um caldeirão foram experiências bem interessantes. A mainquest Poseidon, por exemplo, começa lembrando a introdução de um episódio de série e termina com o mesmo sentimento por conta dos personagens envolvidos, dos cenários, da música e do encerramento. Deu prazer poder estar no controle de Aloy durante toda a missão a qual, embora linear, apresenta possibilidades novas no jogo. Existem sidequests que passam a mesma sensação, só para deixar claro.
Novas máquinas
Um dos pontos mais fortes de HZD foi a apresentação de máquinas que imitavam animais “reais” e como isso foi contextualizado na história do jogo. Para a sequência, era de se esperar máquinas novas com novos desafios e o jogo não desaponta nisso.
Imagens obtidas na internet
O jogo dá muita atenção para máquinas imensas e assustadoras como Tremodonte (Tremortusks), Cortamarés (Tiderippers) e Presabrava (Bristlebacks), havendo poucos animais pequenos (além do Cavador, Aríete e Chupim). Porém, com cenários novos, a fauna apresenta animais diferentes e máquinas curiosas, como essa serpente gigante (Rastejador) e mamute (tremodonte). Não existem áreas corrompidas como no primeiro jogo mas com novos elementos da história, as máquinas que estão sendo convertidas por rebeldes estão ainda mais hostis.
Aqui está um hack: se chegar em uma parte com uma máquina tremendamente difícil de derrubar e não estiver disposto a cumprir o desafio, mude a dificuldade do jogo, derrote o inimigo e pronto. O que importa aqui é viver a sua experiência no Oeste Proibido da forma que mais lhe trouxer prazer.
Uma novidade importante veio com os caldeirões. Antes, cada caldeirão habilitava uma classe de máquinas para conversão. Agora, há um grau maior de complexidade para compensar uma facilidade trazida no jogo: se um caldeirão pode habilitar a conversão de mais de uma máquina, para criar a conversão em si você deverá reunir peças específicas e ir à base configurar o procedimento. Inclusive, até a dinâmica dos caldeirões mudou um pouco para sair do padrão entrada – bosses iniciais – puzzles – boss difícil no final.
Um guilty pleasure meu é ficar observando as máquinas antes de derrotá-las: a leveza nos movimentos, o comportamento … isso me fez gastar boas horas no jogo. Num aspecto geral o jogo trouxe um universo novo de máquinas que vivem em meio aquelas que já estávamos familiarizados. A descoberta de novas máquinas e formas mais desafiantes de derrotá-las dá um gosto especial me transportando lá para 2018, quando joguei HZD.
Mecânicas aprimoradas de combate e movimentação
Não surpreende que por ser uma sequência de um título de grande sucesso, HFW aproveite mecânicas do primeiro jogo, melhorando-as. Um dos pontos mais interessantes é a fluidez de Aloy em seus movimentos. Digo, a personagem está mais fluida em todos os seus movimentos, seja luta, escalada e até o simples andar. Existem inúmeras combinações de golpes e uso de armas que vão dar ao jogador ainda mais opções para combater inimigos. Na árvore de habilidades é possível ativar recursos específicos para serem usados na batalha (como flecha tripla, flecha para o alto, aumento de dano, escudo, etc.). Há também alternativas para ganho de vida além das poções e plantinhas (como cozidos que são comprados nas cidades) e o impulso de bravura, que ativa uma espécie de modo “berseker” com Aloy mais ágil e ganhando menos dano por um tempo limitado.
Os itens coletados na floresta, os recursos de caça, o modo stealth e o rapel foram inteiramente aproveitados. Há, porém, recompensas mais interessantes para aqueles que gostam de explorar bem o mapa: você vai encontrar cavernas escondidas e milhares de baús com itens por aí, se for curioso o bastante, e nem sempre vai precisar enfrentar uma máquina pra isso. A fauna foi melhorada adicionando mais variedade na vida selvagem natural: javalis, pombos, escorpiões e lagostas.
Essa é outra vantagem do jogo: nem sempre você vai ser induzido ao combate para obter recompensas. Existem missões de coleta de itens de máquinas que você consegue destacar dos animais, pegar no modo furtivo e fugir sem que precise combatê-las. Honestamente fiz isso toda vez que precisava de algum item do Bocalarga, a máquina inspirada em um hipopótamo que achei bem simpática.
Captura por PãoGeekeijo
A escalada está mais guiada, bastando ligar o Foco para saber locais adequados que aparecerão em amarelo, o que dá mais dinamismo aos movimentos. A animação aqui também foi aprimorada para reforçar essa sensação. Esse recurso pode ser habilitado automaticamente nas Configurações > Visual> Indicações de Escalada sempre ligadas. O Foco, inclusive, está mais amplo, mostrando mais detalhes nos recursos e nas máquinas (além de apenas informações sobre pontos destacáveis e fraquezas no combate).
Inspirando-se em Zelda, que se inspirou em Assassins Creed, Aloy tem um planador para suavizar a descida de qualquer lugar. Assim como o respirador para mergulho, são recursos adquiridos durante a evolução da história principal. Mais para frente, combinando as habilidades, Aloy também terá um escudo que será muito útil nos combates.
As animações de combate são inteiramente novas, principalmente na movimentação e nas esquivas. É mais fácil para realizar combates corpo a corpo, combinar golpes e alternar as armas e você pode treinar tudo isso nas arenas, algo semelhante ao que existe em Assassins Creed. O recurso de slow motion também está nesse jogo, o que tem me ajudado a montar flechas enquanto estou num campo de batalha, por exemplo.
É injusto falar que o jogo é apenas uma repetição do seu antecessor. Apesar de estarmos no controle de Aloy e em cenários familiares, a sensação é realmente de estar jogando algo novo.
Configurações iniciais e facilidades
Antes de iniciar o jogo, existe uma gama de detalhes que podem ser configurados inicialmente para melhorar a sua experiência de jogo. Ainda, pode escolher entre um modo história ou entre quatro escalas de dificuldade (fácil, normal, difícil e muito difícil), as quais podem ser alteradas a qualquer momento. Existem ainda outros pontos que podem ser configurados para melhorar a sua experiência, como desfoques de movimento, , ganho de sons das máquinas (em decibéis), zona morte de controle, mira com sensor e lembretes contextuais.
Por fim, há um campo específico para acessibilidade do jogo que vale dar uma conferida. Você pode escolher entre um modo de jogo guiado (ou seja, com orientações) ou explorador, pode escolher o nível de desaceleração do jogo ao acessar o menu de armas, habilitar planador automático (que é ativado em qualquer queda mais alta), assistência de mira, sensibilidade nos movimentos, volume de música e outros sons, dentre várias outras coisas. Parte das opções estão em outros menus das configurações mas podem ser encontrados também na parte de acessibilidade.
Para os mais empolgados, há uma lista de troféus que são obtidos com ações corriqueiras no jogo, como escanear máquinas, avançar na história principal ou chegar ao nível 50.
Vozes e localização
No PS4, habilitei tudo para português para ver como seria a experiência na dublagem. Importante mencionar que não é possível alterar o idioma de áudio durante o jogo, mas as configurações podem ser modificadas a qualquer momento. No primeiro jogo coloquei as vozes originais e gostei muito da voz marcante da Aloy, levemente rouca. Ashly Burch é a voz original de Aloy nos dois jogos e no Brasil é Tatiane Keplmair que empresta novamente sua voz à protagonista mas é uma sonoridade diferente da voz original, embora o trabalho da dubladora seja impressionante. Pessoas familiarizadas com a Vi de League of Legends vão reconhecer facilmente essa voz.
Vozes famosas parecem ter emprestado também o rosto para inspirar personagens no jogo. Carrie Anne Moss (Matrix) dubla Tilda na versão original, personagem a que empresta também seu rosto. Angela Basset dá vida à antagonista Regalla, Noshir Dalal a Kotallo, John Macmillan a Varl e John Hopkins a Erend.
Na dublagem brasileira uma voz chama a atenção. Ela está ainda no início do jogo, quando Aloy está em Ocásia e um personagem com uma participação simples tem uma voz que aparentemente não é de um dublador profissional. Até Tiago Abravanel dublou um personagem no jogo: é o Bree, de uma sidequest no Oeste.
Jogo no PS4
Já esperando que esse seja o último ano de lançamentos para o console, HFW entrega um gráfico incrível com detalhes impressionantes. No PS4 normal, não há problema de carregamento de cenários e a visão anisotrópica funciona bem, mas certamente a experiência gráfica vai ser outra em um PS4 Pro ou PS5. Estamos falando de um jogo feito para rodar no console, já com seus dias contados, mas não deixa de ser impressionante como isso foi feito de uma forma tão cuidadosa.
Capturas feitas pelo PãoGeekeijo
Decerto que é um jogo feito para a nova geração então embora o jogo esteja incrível no PS4, que foi onde joguei, deve ter um visual gráfico bem mais realista no PS5, além da renderização mais rápida de coisas que estão dentro do campo de visão mas estão distantes. Pra mim, é preciosismo demais se ater a isso principalmente quando não se tem um console atual e uma tv com excelente definição.
Edição especial
Adquiri a edição especial do jogo que conta com um steelbook e um livro com as artes do jogo, além da trilha sonora original e uma skin para o jogo (que precisa ser adquirida com um vendedor mas é exclusiva dessa edição). Confira aqui o que tem nela:
Será o GOTY 2022?
Eis uma pergunta interessante, embora não mude a minha opinião sobre o jogo. Guerilla escolheu mal a data de lançamento (18/02) para deixar com a janela de apenas uma semana entre outro dos mais aguardados lançamentos do ano: EldenRing (25/02). Convenhamos: é capaz das pessoas falarem do soulslike por meses a fio pois é um jogo conhecido pela dificuldade e pela falta de tutoriais, o que movimenta muito a comunidade. Esse jogo também foi uma aposta para atrair novos jogadores considerando a história – aparentemente inspirada em Anel dos Nibelungos e Senhor dos Anéis – e o envolvimento de J.R.R. Martin (Game of Thrones). Isso tornou HFW praticamente ofuscado em meio a uma multidão que só tem falado do jogo da From Software e das dificuldades que tem passado. É triste pois HFW é um jogo voltado a um público muito maior que Elden Ring.
Outro ponto é que todos os demais grandes lançamentos do ano estão para o segundo semestre, esses sim com uma decisão de lançamento muito acertada. Estão previstos para esse ano The Legend of Zelda: Breath of the Wild e God of War Ragnarok, duas sequências também muito aguardadas pelos fãs das franquias. Se todos saírem esse ano, o GOTY vai ser uma disputa acirrada entre o coração dos fãs.
Uma das mensagens mais incríveis que o jogo passa é que Aloy, no primeiro, passou por muita coisa até “merecer” ser aceita entre os Nora. Depois, sua jornada em busca de salvar o mundo que ela conhece é solitária e mesmo que ela conte com ajuda, no fim depende apenas dela para que tudo seja resolvido. Nessa sequência Aloy aprende que o fardo que carrega nas costas não precisa ser suportado sozinho e que existem pessoas boas e dispostas a fazer os mesmos sacrifícios. HFW é sobre laços, sobre aproveitar o que a vida tem a nos oferecer, sobre construir algo bom.
Horizon Forbidden West é GRANDIOSO, um dos melhores jogos que já joguei. O jogo superou qualquer expectativa, indo muito além do que uma mera continuidade do primeiro jogo. Certamente é um forte concorrente não apenas para esse mas para outras premiações, embora eu acredite que vá ser injustiçado no GameAwards pelo hype de franquias que estão no mercado há mais tempo.
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