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Foto do escritorDaniel Miranda

X-Men: Fênix Negra

Com um status de clássico, a saga da fênix negra é sem duvidas um dos arcos mais memoráveis dos X-Men. Publicada no inicio dos anos 80 durante a fase de Chris Claremont e John Byrne, a saga passa por diversos momentos que ficaram marcados na cronologia dos mutantes, desde a primeira manifestação da força Fênix em Jean, passando pelos embates com o Clube do Inferno, até chegar a sua conclusão épica com o clássico duelo entre os X-Men e o Império Shi’ar.

Com todo esse peso histórico, é claro que a Fox não poderia perder a oportunidade de tentar mais uma vez trazer a saga para as telonas, que já havia sido previamente adaptada em X-men 3, mas acabou sendo deixada como pano de fundo em meio a salada que é aquele filme. Com promessas de fazer uma adaptação “mais fiel” o novo longa conta com roteiro e direção de Simon Kinberg, que já atuava como produtor desde os primórdios da franquia X na Fox.

Apesar de contar com atuações honestas, efeitos especiais satisfatórios e uma bela trilha sonora assinada por Hans Zimmer, infelizmente o filme não funciona. Desde os primeiros minutos de projeção o roteiro já deixa bem claro que não quer ser uma adaptação fiel a aclamada saga. O que podemos perceber é que Simon resolveu pegar todo conflito de Jean com a força Fênix e preferiu trabalhar isso de uma forma mais intimista muitas vezes soando como um drama familiar. Até certo ponto se você desconsiderar que existe os quadrinhos o filme até que funciona bem, principalmente no segundo ato, onde temos algumas boas cenas de ação com belas demonstrações de poderes e alguns diálogos interessantes.

O grande erro de Fênix Negra é a falta de visão do estúdio, pois o quadrinho dava margem para se fazer um filme com proporções épicas cheio de ação e momentos climáticos, mas o que temos aqui é um filme contido e que as vezes parece que ainda hoje em meio ao boom dos filmes de super heróis, ainda segue aquele mesmo medo que tinham lá no inicio da franquia de fazer um filme assumidamente de quadrinhos. Outro ponto baixo são os vilões, que são extremamente mal trabalhados, tanto narrativa quanto visualmente. Grande parte dos problemas do filme se devem ao roteiro que muitas vezes e fraco e opta por alguns recursos que não beneficiam o andamento da trama.

Minha maior decepção com o longa foi com o terceiro ato, onde a luta que deveria ser o clímax é fraquíssima e não impressiona como deveria. E aqui fica bem claro que o filme sofreu muito com as refilmagens e a aquisição da Fox pela Disney, pois optaram por deixar um filme “aberto” mesmo que saibamos que não há a menor chance dessa geração de X-Men dar o ar da graça na Marvel Studios. Então o que temos aqui é um final morno e sem graça, que não faz jus a uma franquia que literalmente abriu as portas para essa onda de filmes de super heróis que temos hoje. O que nos resta esperar é que num futuro próximo os X-Men retornem na Marvel, em uma adaptação mais decente.

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