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Foto do escritorDaniel Miranda

STUDIO GHIBLI: melhores filmes segundo o IMDB – Parte I

Nunca assistiu nenhum filme do Studio Ghibli, já assistiu alguns ou já maratonou todos? Não importa: essa lista é para vocês todos conhecerem um pouco do trabalho incrível desse pessoal e facilitar a experiência de quem quiser ver ou rever qualquer um dos seus 21 filmes.

O post será dividido em duas partes, reunindo, nessa primeira, os 10 filmes mais bem avaliados separados e organizados por nota.

1. A VIAGEM DE CHIHIRO (2001) – Nota 8.6/10

Sinopse: Chihiro é uma garota de 10 anos que acredita que todo o universo deve atender aos seus caprichos. Ao descobrir que vai se mudar, ela fica furiosa. Na viagem, Chihiro percebe que seu pai se perdeu no caminho para a nova cidade, indo parar defronte um túnel aparentemente sem fim, guardado por uma estranha estátua. Curiosos, os pais de Chihiro decidem entrar no túnel e Chihiro vai com eles. Chegam numa cidade sem nenhum habitante e os pais de Chihiro decidem comer a comida de uma das casas, enquanto a menina passeia. Ela encontra com Haku, garoto que lhe diz para ir embora o mais rápido possível e ao reencontrar seus pais, Chihiro fica surpresa ao ver que eles se transformaram em gigantescos porcos. É o início da jornada de Chihiro por um mundo fantasma, povoado por seres fantásticos, no qual humanos não são bem-vindos.

Também é conhecido pelos seguintes nomes: 千と千尋の神隠し Sen to Chihiro no Kamikakushi?, (“O Arrebatamento de Sen e Chihiro“) ou Spirited Away. O filme de 2 horas tem direção e roteiro de Hayao Miyazaki, o filme recebeu diversos prêmios e com o  Oscar de Melhor Filme de Animação em 2003, colocou o Studio Ghibli num outro patamar da animação, chegando a conquistar um público considerável no ocidente.

É o filme mais aclamado do estúdio, e o mais premiado e famoso também, embora – não só de acordo com a minha opinião mas a de vários outros fãs – o estúdio tenha outras obras melhores ou tão boas quanto, que foram injustiçadas antes de Chihiro.

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2. TÚMULO DOS VAGALUMES (1988) – Nota 8.5/10


Sinopse: Os irmão Setsuko e Seita vivem no Japão em meio a Segunda Guerra Mundial. Após a morte da mãe num bombardeio americano e a convocação do pai para a Guerra, eles vão morar com alguns parentes. Insatisfeitos, saem da cidade e acabam num abrigo isolado na floresta, onde lutam contra a fome e as doenças e se divertem com as luzes dos vaga-lumes.

Com o título original de “Hotaru No Haka”, foi baseado na história real de Akiyuki Nosaka, contada no livro “Haturo no Haka”, de 1967. Para muitas pessoas esse filme de 93 minutos é uma das maiores obras do Studio Ghibli e essa fama está correta: é uma história profunda, com diversas reflexões e incrivelmente triste – e, porque não, emocionante. O filme tem direção e roteiro de Isao Takahata e, a meu ver, é voltado para o público adulto.

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3.  PRINCESA MONONOKE (1997) – Nota 8.4/10

Sinopse: Um príncipe, em busca de uma cura, luta em uma guerra entre a mata e uma colônia mineira. Nesta aventura ele conhece Mononoke.

O termo “Mononoke” (物の怪 ou もののけ) não é um nome, mas uma palavra japonesa utilizada para designar espíritos, monstros ou criaturas sobrenaturais e “Hime” traduz-se como princesa. O filme foi dirigido por Hayao Miyazaki e foi produzido “à mão”, com o mínimo possível do uso de recursos gráficos tecnológicos, coisa do Miyazaki mesmo. É, na minha humilde opinião, um dos filmes mais lindos do Studio.

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4. MEU AMIGO TOTORO (1988) – Nota 8,2/10

Sinopse: As irmãs Satsuki e Mei se mudam para o campo para ficar mais perto do hospital onde sua mãe está internada. Lá conhecem os Totoros, adoráveis criaturas místicas e alegres, que só podem ser vistas pelas crianças. Com eles, as duas irmãs viverão mágicas aventuras no campo.


É um filme doce, leve – apesar de tratar, no pano de fundo, problemas densos – e divertido, algo parecido com aquilo que o filme Ponte para Terabítia (2007) fez anos depois. É também um dos meus favoritos.


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5. O CASTELO ANIMADO (2004) – Nota 8,2/10


Sinopse: Sofia é uma jovem de 18 anos que trabalha na chapelaria de seu pai. Em uma de suas raras idas à cidade ela conhece Hauru, um mágico bastante sedutor mas de caráter duvidoso. Ao confundir a relação existente entre eles, uma feiticeira lança sobre Sofia uma maldição que faz com que ela tenha 90 anos. Desesperada, Sofia foge e termina por encontrar o Castelo Animado de Hauru. Escondendo sua identidade, ela consegue ser contratada para realizar serviços domésticos no local, se envolvendo com os demais moradores do castelo.

A história é baseada no livro Howl’s Moving Castle, da escritora inglesa Diana Wynne Jones. O livro é fininho e, embora o filme tenha um olhar bem diferente, acho que vale a pena ir atrás dessa leitura.

Curiosidade: na versão dublada inglesa, Christian Bale (Batman: The Dark Knight) fez a voz de Hauru.



Castelo Animado é, para mim, um dos mais especiais, pois mergulhei profundamente na história. Depois de ver o filme, corri atrás do livro que serviu de inspiração e revi o filme várias vezes, além de baixar a trilha sonora. Sou suspeita pra falar, então embora não sendo o melhor nem o mais marcante, é o filme que mais gosto.

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6. O CASTELO NO CÉU (1986) – Nota 8/10



Sinopse: A jovem órfã Sheeta e seu sequestrador, coronel Muska, estão voando para uma prisão militar quando sua aeronave é atacada por uma gangue de piratas aéreos liderados por Dola. Escapando da colisão no ar através de um cristal mágico em seu pescoço, Sheeta conhece o também órfao Pazu. Juntos, tentam descobrir a cidade mística flutuante de Laputa, enquanto são perseguidos por Muska e os piratas, que cobiçam o tesouro da cidade.

O Castelo no Céu (ou Laputa: O castelo no céu. ou 天空の城ラピュタ Tenkū no Shiro Rapyuta?), terceiro filme do Studio Ghibli, foi a primeira produção lançada oficialmente com esse selo e trata com sensibilidade temas que viriam a se tornar muito importantes dentro das obras assinadas por Hayao, em que se destaca o desenvolvimento e a evolução dos personagens tendo como pano de fundo as aventuras que vão acontecendo. Apesar de uma falha ou outra, é um filme encantador.

Curiosidade: Mark Hamill (Luke Skywalker, Star Wars) dublou, para a segunda versão inglesa, o personagem Coronel Muska. James Van Der Beek (Dawnson´s Creek) fez a voz do co-protagonista Pazu e Anna Paquin (True Blood, X men) fez a voz da Princesa Sheeta.

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7. SUSSURROS NO CORAÇÃO (1995) – Nota 8/10

SinopseShizuku é uma jovem apaixonada por livros que leva uma vida simples. Certo dia, ela descobre que todos os livros que já pegou na livraria foram checados pela mesma pessoa, Seiji Amasawa. Ela conhece um garoto da sua idade que acha irritante, mas decobre que ele é o seu “Príncipe dos Livros”. A medida que os dois se aproximam, ele conta que tem o sonho de fabricar violinos, o que faz Shizuku perceber que ela não tem nenhum um caminho para sua vida.

Com direção de Yoshifumi Kondō, e roteiro de Cindy Davis Hewitt, Donald H. Hewitt e Hayao Miyazaki, o filme focado na realidade mesclada à fantasia de “escape”, bem semelhante à Viagem de Chihiro ou Totoro (mas sem que a protagonista esteja passando por uma grande provação da vida). É um filme leve, com um bom ritmo e uma narrativa envolvente.

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8. CONTOS DA PRINCESA KAGUYA (2013) – Nota 8/10


Sinopse Kaguya era um minúsculo bebê quando foi encontrada dentro de um tronco de bambu brilhante. Passado o tempo, ela se transforma em uma bela jovem que passa a ser cobiçada por 5 nobres, dentre eles, o próprio Imperador. Mas nenhum deles é o que ela realmente quer. A moça envia seus pretendentes em tarefas aparentemente impossíveis para tentar evitar o casamento com um estranho que não ama. Mas Kaguya terá que enfrentar seu destino e punição por suas escolhas.

Esta animação é baseada no conto popular japonês “O corte do bambu”, com direção de  Isao Takahata (co-fundador do Studio) e produção de Seiichiro Ujiie. Mesmo sem a participação direta de Hayao, é considerado uma poesia em forma de filme não só pela arte – diferente de tudo o que o Studio havia publicado até então – mas também pela forma que desenvolve os personagens – sem se ater ao recurso simplista de bem x mal, usando recursos visuais para expressar sentimentos e conectar o telespectador com a protagonista, sem que a gente sinta como isso ocorreu.

Apesar de ser um filme voltado para o público infantil, não deixa de abordar temas fortes como a luta de classes ou de desenvolver seus personagens sem foco em elementos fantasiosos. É, sem dúvidas, uma obra prima que levou 8 anos para ser desenvolvida e no final, todo esse trabalho valeu a pena. A nota do IMDB, a meu ver, não faz justiça a esse trabalho.

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9. SERVIÇO DE ENTREGAS DA KIKI (1989) – Nota 7,9/10


SinopseUma jovem bruxinha é confrontada com o ano em que se torna independente. Enfrentando dificuldades de se encaixar na nova comunidade para a qual se mudou, ela tenta se sustentar através de um serviço de entregas pelo ar.

Majo no Takkyūbin (魔女の宅急便 Majo no Takkyūbin, adaptado como “O Serviço de Entregas da Kiki”) é o quarto longa-metragem lançado nos cinemas pelo Studio Ghibli, sendo produzido, escrito e dirigido por Hayao Miyazaki.

O filme foi lançado logo depois de Totoro, que já tinha ganhado grande destaque e alçado o Studio a um nível de grande importância. Embora, em termos de grandiosidade, não chegue perto do seu antecessor, Serviço de Entregas da Kiki é um filme lindo, sensível, doce e claro, com uma lição de moral bem interessante sobre amadurecimento.

Curiosidade: dublador dos nerds Guilherme Briggs fez a voz do gato Jiji / Didi na versão em português.

10. PORCO ROSSO: O ÚLTIMO HERÓI ROMÂNTICO (1992) – Nota 7,8/10




Sinopse: Na Itália, durante o período entre as duas guerras, com um fundo de recessão econômica e de ascensão do fascismo, perdido numa ilha deserta no mar Adriático, um ex-piloto emérito da Força Aérea Italiana, se vê transformado em um porco e converte-se em caçador de recompensas. Ele se chama “Porco Rosso” (nome verdadeiro: Marco Pagot). A bordo de seu hidroavião vermelho, ele tem muitas aventuras: de caça aos piratas do ar que fizeram um hábito de roubar os turistas que visitam a região, o resgate de passageiros tomados como reféns, duelos aéreos, “corridas” de hidroavião, subterfúgios para semear a polícia secreta italiana … a vida do piloto é agitada e cheia de aventuras.

Kurenai no Buta (em japonês: 紅の豚: porco vermelho em português), também conhecido como Porco Rosso: O Último Herói Romântico, é um anime em longa metragem baseado no mangá de Jidai Miyazaki Hikōtei (chamado “A Era do Barco Voador”, publicado em três volumes), dirigido por Hayao Miyazaki.



É, no entanto, um dos filmes mais focados em fazer uma crítica com fatos políticos reais: o filme se passa entre as duas guerras mundiais e cita brevemente a recessão econômica e ascensão do fascismo, tecendo críticas por meio de uma narrativa lúdica.  Não é um filme tão denso quanto Túmulo dos Vagalumes, mas é igualmente importante nessa parte política.

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A lista já ficou bem grande, então faremos a continuação em outro post, ok? Até lá!

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