A série SPACE FORCE estreou no Netflix no final do mês passado. Steve Carell (The Office), protagonista e produtor, assumiu a produção junto com Greg Daniels (The Office, Parks and Recreation, Upload).
Indo para a sinopse: Muito a contragosto, um general de quatro estrelas se une a um excêntrico cientista com a missão de fazer decolar a mais nova agência militar dos EUA, a Força Espacial.
Em Space Force, o recém-criado departamento é comandado pelo experiente general Mark Naird (Carell) e seu braço direito, o cientista Dr. Adrian Mallory (John Malkovich). Naird é casado com a Sra. Naird (Lisa Kudrow, a Phoebe em Friends), e pai de Erin Naird (Diana Silvers, Booksmart). Tonny Scarapiducci (Ben Schwartz) é o assessor de imagem de Naird, responsável pelo contato do líder dessa operação ambiciosa junto às redes sociais, e aqui a semelhança com Jean-Ralphio de Parks and Recreation é bem legal (honestamente eu amava o Ralphio e aqui, Ben aproveita muitos recursos desse personagem).
Os personagens Capitã Ali (Tawny Newsome) e o Dr. Chan (Jimmy O. Yang) são também responsáveis por sacadas geniais e o mais incrível, nenhuma delas associada à piadas de incompetência, por exemplo. Na verdade boa parte dos personagens são tratados assim, até mesmo aquele que parece ser o mais pastelão tem oportunidades de mostrar que não é nada disso.
Uma curiosidade é que SPACE FORCE é realmente um projeto real lançado pelo governo norte-americano e, como alguns norte-americanos comentaram, o projeto real não parece ser tão grandioso como é vendido, e isso é retratado na série.
Dito isso, sempre gosto de, antes de fazer qualquer crítica sobre algum material que vou consumir, entender como ele foi vendido. Se foi vendido por exemplo, como a melhor série de comédia que você vai ver na vida, é normal que a expectativa seja alta; se for vendido como algo divertido de assistir e cumprir esse papel, pra mim já é o suficiente.
SPACE FORCE é isso. Ninguém prometeu uma comédia no estilo The Office, ou que Steve Carrell seria um novo Michael amando o que faz, a vida que leva e o tratamento nada convencional de conduzir uma empresa. Quer ver The Office, vá ver The Office, oras!
A série também não tem interesse em ser política, embora faça críticas aqui e ali ao Trump e às congressistas Nancy Pelosi e Alexandra Ocasio-Cortez. Num geral humor trabalhado na série é feito a partir de situações em que os personagens não são incompetentes, mas podem passar por situações inusitadas ou constrangedoras (e muitas delas, perfeitamente factíveis).
Enquanto no Rotten Tomatoes a crítica avaliou com 40%, para o público a série foi bem recebida, num geral, com 76%. Bem, é uma paródia militar leve, engraçada, com elenco incrível e, mais importante, despretensiosa e, pra mim, é por isso que os pontos negativos são superados pelos pontos positivos.
O único porém é que você vai precisar enfrentar com otimismo o primeiro episódio, pois a série melhora no decorrer da temporada.
Enfim, não é a melhor série de comédia do ano mas tem grandes chances de divertir quem estiver disposto a assisti-la.
https://youtu.be/Au7rXMuzYQQ
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