O Spin-Off
Apesar dos altos e baixos da segunda temporada de Bridgerton, enquanto esperamos a terceira temporada a Netflix, juntamente com a Shonda Rhimes resolveram fazer um lindo e triste Spin OFF em formato de minissérie com 6 episódios focados na rainha Charlotte.
Uma personagem muito importante para a história original de Bridgerton que não temos profundidade na sua história e aqui vemos um pouco mais sobre ela.
Na série, conhecemos ela em seu poder maior formando casais entre a nobreza em toda temporada, já neste spin-off vemos ela mais jovem, uma adolescente de 16 anos despachada pelo irmão para se casar com rei George, de 23 anos de uma forma muito rápida.
Ela viaja para Londres, e chegando já se casa seis horas depois com o rei, e a partir disto começamos a acompanhar tudo o que ela passou até chegar aonde ela está.
Crítica Rainha Charlotte
O spin off ficou muito bom em diversos quesitos, o casamento resultou em um relacionamento real, de amor entre os dois. Porém, a história de amor é trágica, mostrando os altos e baixos do Rei George com suas crises de transtorno bipolar e a adaptação da Charlotte com a nobreza e realeza tão jovem.
O George ser um rei bom, que lutava pelo seu povo em Bridgerton se deve muito pela Charlotte jovem no passado, que deu o apoio necessário para o George vencer suas crises. Se hoje, doenças mentais tem um tabu gigante para ser falado, na época em que a série se passa, era bem maior, não era algo nem um pouco plausível e aberto para discussão.
Em diversos momentos vemos George sendo chamado de louco pelos personagens ao seu redor, e os desafios que eles passam para contornar o problema dele, e ter uma cura. Passando por tortura, ele se isolar e se sentir muito culpado por suas atitudes, mas sempre tinha uma Charlotte para acalmá-lo e o fazer voltar a realidade novamente.
Interpretação ótima de Charlotte e George novos, os atores trouxeram diversas emoções para os personagens, a sensibilidade e maturidade que a India Amarteifio trouxe para a Charlotte foi algo sensacional de se assistir, e o Corey Mylchreest trouxe para o George uma profundidade nas emoções que eram muito precisas para criarmos a empatia pelo personagem e seus traumas.
Um dos maiores destaques também é a Lady Danburry, que foi interpretada pela Arsema Thomas agarrando o seu destino com as própias mãos e correndo atrás do seu futuro. Primeiro, com seu marido, depois com a morte dele, buscando título com seu filho e ela tinha uma gana, que inspirava pois não desistia!
Rainha Charlotte e Rei George, da Netflix
Pontos altos do Spin-Off
A convivência racial falada na série é incrível e um dos pontos mais altos. Pois sabemos que uma convivência entre pessoas pretas e brancas não é algo comum na realeza e em lugares de poder ao redor do mundo, mas por que não serem e por que não é?
E a série retrata muito bem essa convivência com bastante negros na corte do rei, assim também como personagens negros em destaque. Algo que não precisaria ser tão ‘solicitado, mas infelizmente, muitas obras ficam para trás neste quesito, e “Rainha Charlotte” faz esse trabalho com muita competência.
Em geral, achei a série triste, pois esperava romance bem mamão com açúcar, besteirol, contando uma linda história de amor. Mas, pelo contrário, trouxe diversas reflexões sobre saúde mental, algo que não é tão debatido na atualidade.
Rainha Charlotte está disponível na Netflix, e foi estreada em 4 de maio de 2023. A mini=série conta com 6 episódios, e deixou nosso coração quentinho para continuar na espera da terceira temporada de Bridgerton.
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