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O que achamos da segunda temporada de ​STRANGER THINGS (sem spoilers)

Foto do escritor: Daniel MirandaDaniel Miranda

O que acontece quando misturamos ficção científica, terror, mistério, suspense e muita nostalgia Oitentista?  Stranger Things, claro!!!

A série distribuída pela Netflix é idealizada, escrita e produzida pelos irmãos Matt e Ross Duffer e conta com a coprodução e direção de Shawn Levy e Dan Cohen. A primeira temporada estreou em 15 de Julho de 2016 de forma discreta, quase despretensiosa.

No início ouvia-se dizer que: “era aquela série nova com a Winona Ryder”… De repente, a série teve uma ascensão vertiginosa passando a ser a mais comentada nas redes sociais, atingindo vários tipos de expectadores de diferentes faixas etárias e, principalmente, o público Nerd que foi à loucura com a atmosfera criada, as referências e citações diretas de elementos extremamente familiares para nós. (sim, seus Geek maluco, esta série foi feita para nós!)

Já em sua abertura entende-se o que vem por aí: para o título da série é utilizada uma grafia parecida à aplicada para o nome do autor Stephen King na capa de seus livros, e ainda obtém mais destaque por ser feita em Neon vermelho, sendo tais letras inspiradas no trabalho do designer Richard Greenberg (criador da fonte de Superman – o filme de 1978). Enquanto as letras formam o título da série, ouve-se a música “Elegia” do New order interpretada por Kyle Dixon e Michael Stein que usam os tão populares sintetizadores daquele tempo.

A partir daí, a estória gira em torno da investigação empreendida pelo Delegado Jim Hopper (David Harbour) que é convencido pela mãe desesperada e obstinada em encontrar o garoto, Joyce Byers (brilhantemente interpretada por Winona Ryder) de que há algo particularmente estranho e perturbador relacionado ao sumiço do filho. Acompanhamos também o plano e expedição empreendidos pelos amigos do menino (bem ao estilo Goonies-1985 e Conta Comigo-1986) para tentar encontrá-lo.

Em sua jornada o grupo conhece Eleven (interpretada magistralmente por Millie Bobby Brown) que tem poderes psicocinéticos (a la Carrie – a estranha de 1976)  e contribui tanto para encontrar Will quanto para desvendar o mistério sobrenatural relacionado ao desaparecimento dele e ao evento ocorrido no laboratório Hawkins.

O grupo, que agora conta com “El” vive muitas emoções e aventuras todas contadas através da trilha sonora envolvente com músicas clássicas dos anos 80 e que traz imediata conexão emocional aos fãs mais saudosistas com destaques para o punk e o bom e velho Rock ‘n’roll.

A segunda temporada estreou em 27 de outubro de 2017 próxima ao Halloween, propositalmente e em meio a muita ansiedade por parte dos fãs que queriam tanto respostas para suas perguntas quanto à confirmação de suas teorias e o mais recorrente: saber se Stranger Things continuava com sua qualidade técnica elevada e enredo eletrizante.

A atual temporada retrata os eventos que ocorreram exatamente um ano após o desaparecimento de Will. Neste momento, quem está sumida é Eleven e não sabemos se ela sobreviveu ao confronto da temporada anterior ou não. Will tenta retomar a normalidade seja na escola ou no convívio com os amigos e família, mas algo não permite. O fato de ter sobrevivido traz mais atenção para si do que ele deseja e o “nosso zumbizinho” se sente uma aberração.

Em um diálogo tocante seu irmão Jonathan (Charlie Heaton) o apoia e o questiona se ele quer ser normal considerando que ninguém normal já realizou algo significativo para o mundo. Como não poderia deixar de ser, a cena de abertura dos garotos já aquece o coração ao vê-los no fliperama jogando Dragon’s Lair e posteriormente  Dig Dug, além de fazerem menção direta a Mad Max. E como não amar vê-los como caça fantasmas em meio aos preparativos do Halloween?

A série mantém o bom ritmo e desenvolvimento. Destaque para a atuação de Noah Schnapp (Will Byers) que está indescritível! Winona Ryder mantém a excelente atuação nesta nova guinada da estória e Millie Bobby Brown continua mais do que perfeita como Eleven. Uma ressalva mais do que importante para a especial trilha sonora (praticamente um personagem na série) e que está sublime no último episódio. OMG!

À medida que assistimos a série o inconsciente faz um check list dos filmes, músicas, livros e jogos que povoam nossa memória e que vem à tona ao serem reconhecidos nas imagens e sons que se apresentam na tela. Recriam uma atmosfera conhecida e acolhedora que incita um desejo de regresso ao passado movido por lembranças de momentos felizes. O empenho dos irmãos Duffer em manter a série impecável na coesão do enredo, trilha sonora, objetos de cena, figurino, cabelo e maquiagem, direção de arte, fotografia, escalação do elenco, referências Nerds, viradas inesperadas e memórias afetivas fazem desta uma obra magistral, imperdível e apaixonante!

Sirvo cinco pães de queijo bem quentinhos para “Uns Trem isquizitu”!!!

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