30O anti-herói brasileiro!
Antes de falarmos sobre o filme devemos citar o trajeto deste trabalho até aqui. A obra é uma adaptação do quadrinho criado e escrito por Luciano Cunha em 2008 e ganhou uma versão mais bem acabada em 2013 com publicação independente. A história se baseia no cenário brasileiro, com todos os escândalos e descasos com o país onde em uma cidade afetada pelo caos urbano, surge então o mascarado Doutrinador para combater a elite politica de forma impiedosa.
“A corrupção criou seu maior inimigo”
Seguindo a trajetória dos quadrinhos, acompanhamos a vida do agente especial da policia Miguel (Kiko Pissolato), que após uma tragédia familiar, ele presencia a falha de má administração politica que prejudicam as classes sociais mais baixas, resolve fazer justiça em quanto até mesmo a segurança é corrupta. O seu ponto de gatilho é durante cenas de caos urbano acompanhadas com a trilha de Black Hole Sun (Soundgarden) levando ao surgimento da imagem do nosso anti-herói.
Aqui eles nos apresentam, assim como em outras tramas nacionais, o cenário político corrupto presente e influente em vários setores públicos de diversas esferas do poder. Sem muito o que explicar, de forma positiva para não se perder tempo em tela, o personagem demonstra grandes habilidades físicas e recursos de armas por já estabelecerem que ele é um dos melhores agentes especiais da corporação. Outro momento importante é a introdução da sua ajudante Nina (Tainá Medina), uma hacker que trabalha em uma loja de gibis…gibis não…quadrinhos, que usando todo seu conhecimento tecnológico completa todo o aparato do justiceiro. Estabelecido tudo isso começa uma sequência de cenas sangrentas, sem medo de mostrar a violência e os atos de vingança com as ideologias de limpar o país dos colarinhos brancos.
Então, é bom?
O longa tem boas cenas de ação, e o ator Kiko Pissolato acrescenta o nível ao fazer todas as suas cenas sem uso de dublê dando a oportunidade de criar quadros e planos mais reais. A trilha sonora é boa e se encaixa bem por todo enredo. O diretor Gustavo Bonafé está em seu terceiro trabalho e entrega uma excelente adaptação de quadrinhos em um nível de hollywood, e até melhor que muitos filmes estrangeiros. Algumas pontas ficam soltas ao termino da trama, mas provavelmente uma manobra para efetivar o recado ao final do filme que irá continuar por meio de série de tv em 2019.
É inevitável que seja comparado com O Justiceiro, Frank Castle, mas aqui o Doutrinador faz seu papel mais digno no cenário atual, e não existe momento melhor para estrear nos cinemas. Um bom trabalho nacional e devemos valorizar o que foi feito em nosso território, importante que confiram nos cinemas a partir do dia 1 de Novembro, uma boa pedida para quem curte quadrinhos e tramas urbanas de ação e violência.
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