Se emocionar com algo que você já viu, agora de maneira extremamente realista, é o que essa nova roupagem de O Rei Leão nos faz, com a ajuda claro, da nostalgia que nos proporciona como base para o sucesso dessa versão “live action”. Na sessão da meia noite só se via uma media de idade de 30 anos (a minha idade por sinal), que bate exatamente com a infância de todo mundo que tava ali.
Quando o filme começa e a trilha entra exatamente como na animação, ja sentia que seria um mergulho em lembranças que moldaram minha paixão por cinema, vemos a pedra do rei e os animais todos ali, fica aquela sensação de que é tudo real, Mufasa é imponente e a voz marcante de James Earl Jones faz com que seja tudo ainda mais nostálgico, Simba e seus momentos com o pai são magníficos, Zazu de cara já começa a roubar a cena e se mostra um dos personagens mais divertidos e marcantes dessa nova versão, Scar se mostra mais assustador e perde um pouco do tom sarcástico pra um personagem que se impõe e parece ser sempre uma ameaça real.
O filme como um todo se desenvolve totalmente “por cima” da animação, tendo poucos momentos cortados e ainda menos momentos adicionados, as musicas nas vozes dos atores são muito bem executadas e assim como na animação nos fazem cantar juntos, agora o que faz com que essa versão não seja melhor que a animação, é a falta daquilo que somente algo não tão realista trás com facilidade, personagens cartunescos e com expressões e movimentos exagerados, nada que prejudique mas é perceptível, como na cena da morte de Mufasa (a primeira vez que chorei em um filme foi na animação) que pela falta de “expressão” no rosto do Simba, não nos abala tanto quanto no original e também o Rafiki que sem aquela “loucura” visível perde um pouco do seu brilho.
O Rei Leão é um filme muito bonito e que trás um sentimento fantástico, excelente em termos técnicos e muito bem executado, vejam e sintam sua infância novamente.
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