Dia 8 de janeiro estreou na Netflix Brasil a série LUPIN, série francesa sobre mistério e comédia estrelada por Omar Sy que tem sido uma das mais vistas do canal de streaming. Inclusive, parece que a série já ultrapassou as visualizações de estreia de La Casa de Papel, outra série com gênero semelhante.
Segundo a sinopse: Baseada nos romances policiais de Maurice Leblanc, Lupin acompanha Assane Diop (Omar Sy), um homem que, 25 anos atrás, viu sua vida virar de cabeça para baixo com a morte de seu pai, então acusado injustamente de um crime. Agora, ele está em busca de vingança e, para isso, se inspira em Arsène Lupin, o famoso “ladrão de casaca” da literatura francesa. Conhecido como “Robin Hood da Belle Époque”, Lupin se tornou um gênio do crime na Paris do início do século 20 – e Diop vai seguir seus passos nos dias de hoje.
O trailer:
O surpreendente é que o trailer traz diversos elementos mas não te dá lá muito spoiler do que realmente acontece na série e aqui a surpresa é boa. Em verdade o primeiro episódio te dá umas migalhas que no início te faz pensar uma coisa e, logo depois, vem outras boas surpresas em como a história está sendo contada. São cinco episódios lineares e muito bem dirigidos (foram três diretores ao todo, Marcela Said, Ludovic Bernard e Louis Leterrier). Vez ou outra o roteiro traz algumas soluções “bobas” mas, pra mim, nada que prejudicasse a qualidade da série como um todo.
A história é baseada nos livros de suspense policial de autoria de Maurice Leblanc mas não está sendo contada a história contemporânea do herói Lupin: aqui, um grande fã de Lupin, sobrevive de uma forma muito controversa e tenta buscar justiça para sua família.
A série tem um ritmo dinâmico e os episódios passam sem notarmos. Os arcos são desenvolvidos gradualmente com linhas temporais da adolescência de Assandè e a sua vida adulta.
Vi a série como um mix de Oito homens e um Segredo, La Casa de Papel e Irmão do Jorel (pq? uma palavra: Gesonel, o mestre dos disfarces).
Um detalhe excelente é a atuação de Omar Sy. O cara é um monstro de carisma e atuação com uma grande carreira no cinema francês e em Hollywood. Cada novo desafio de Assandè parece ser interpretado por um ator diferente: esse é o talento de Omar posto à prova na medida que interpreta o protagonista e assume, a partir da construção do personagem principal, diversas personalidades.
Você torce por Assandè se dar bem em tudo o que ele faz e sofre quando ele não ser dá bem com uma ou outra coisa e muito disso se deve ao que Omar transpassa pela tela.
Também Omar protagonizando uma série boa dessas mostra que a representatividade nas séries, se feita apenas por “constar”, não vale muito. Não apenas a forma inteligente com que a série lida com o racismo mas também, o fato de ter um protagonista carismático, forte, inteligente e que nos faz querer vê-lo com um final feliz.
Se você curte o estilo ou, ainda que não curta, quer acompanhar uma série bacana e linear, VEJA LUPIN.
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