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LOVE DEATH + ROBOTS: o seu guia definitivo

https://www.youtube.com/watch?v=8lWzA7Q6JIE

A Netflix já se consolidou no mercado como a maior empresa de streaming da atualidade e essa posição dela hoje permite que se ouse em alguns projetos, outros nem tão bons, outros razoáveis e alguns bem interessantes.

Aí que se encaixa LOVE DEATH + ROBOTS, uma antologia que chegou dia 15 de março na rede de streaming. O projeto que recebe esse nome, criado por Tim Miller, reúne 18 capítulos contando histórias isoladas envolvendo temas sobre ficção científica.

Todos os episódios possuem histórias redondas em si, com pontas soltas para, quem sabe, virarem histórias solo. Fato é que você não precisa que ninguém te explique o cada um significa – criar um conteúdo desses é subestimar a inteligência do espectador – mas é legal saber a sinopse dos episódios sem dar spoiler, com uma nota entre 0 a 5, além de saber quem está por trás dessas produções para acompanharmos o trabalho dessa galera. Vamos lá?

1. SONNIE’S EDGE (A vantagem de Sonnie) – 17 minutos. Nota: 4,9

Dirigido por Dave Wilson, baseado em uma história de Peter F. Hamilton (autor de ficção científica), com Phillip Gelatt no roteiro adaptado, foi produzida pelo Blur Studio (empresa na Califórnia fundada por Tim Miller que está por trás de animações 3D, como Deadpool).

Conta a história da invicta Sonnie, competidora em uma espécie de UFC de bestas. É um dos melhores episódios, com grande potencial para um trabalho solo. Tem nudez gratuita – o que pra mim não é um ponto positivo – mas tem episódios bem mais apelativos nessa questão.

2. Three Robots (Os três Robôs). 12 minutos. Nota: 4,8

Direção de Victor Maldonado e Alfredo Torres, roteiro adaptado de Phillip Gelatt baseado em um conto de John Scalzi, foi produzido pela Blow Studio. Conta a história que três simpáticos robôs que decidem fazer um tour no planeta terra, após algum acontecimento apocalíptico que dizimou a humanidade. É sensacional a descoberta dos personagens diante da “cultura humana”.

3. The Witness (A Testemunha). 12 minutos. Nota: 4,6

Direção e roteiro de Alberto Mielgo, produzida por PinkmanTV , conta a história de dois personagens que testemunham, um em relação a outro, um acontecimento suspeito. O plot final é muito bom.

É um dos episódios com a animação mais bonita, mais vívida e com referências a elementos de cartoon e HQ. Apesar de ser um excelente episódio, peca por ter nudez gratuita, apelativa, que não contribui para a história e parece mais um recado de “olha, sabemos modelar e animar um corpo feminino nu”. Se você pensar bem, há, em uma cena, o contexto de uma casa de prostituição mas TODOS os outros personagens estão vestidos enquanto a protagonista está completamente nua, mostrada em ângulos bem apelativos. Um ponto que também é legal provocar é que a personagem não está a vontade em se exibir o tempo todo para o co-protagonista e quando ela se “veste”, ainda assim é como se estivesse nua.

Se quiser conhecer mais sobre o estúdio, no site tem os principais trabalhos disponíveis. É só dar o play!

4. Suits (Proteção contra alienígenas). 17 minutos. Nota: 5

Com direção de Franck Balson, tem roteiro de Phillip Gelatt, adaptado de uma história de Steven Lewis. Foi também produzido pela Blur Studio.

Fazendeiros usam mechas para proteger suas terras das ameaças externas. É um dos melhores episódios, também com um plot incrível, com um background perfeito para uma série, um filme ou um jogo (assim como outros episódios).

5. Sucker of Souls (Sugador de Almas). 13 minutos. Nota: 4,2

Direção de Owen Sullivan, roteiro de Phillip Gellat baseado em uma história de Kirsten Cross. Foi produzido pelo Stulio La Cachette,  na França. Não faz mal lembrar que um dos donos desse estúdio é o animador brasileiro Nuno Alves Rodrigues.

É um dos episódios que conta a história através de um anime: um grupo de pesquisadores (ou escavadores, ou caçadores de tesouro) está em busca de uma lendária criatura e acabam se surpreendendo nessa busca.

6. When the yogurt took over (Quando o iogurte assumir). 6 minutos. Nota: 4,8

Direção de Victor Maldonado e Alfredo Torres, roteiro adaptado de Janis Robertson baseado em um conto de John Scalzi, foi também produzido pela Blow Studio.

Conta a história de como o homem criou algo, esse algo se desenvolveu e criou autonomia. Parece uma história de Douglas Adams (Guia do Mochileiro das Galáxias), pois é igualmente criativa e divertida, um dos episódios mais engraçados.

7. Beyond the Aquila Rift (Para além da fenda de Áquila). 17 minutos. Nota: 4,7

Com direção de Léon Bérelle, Dominique Boidin, Rémi Kozyra, Maxime Luère, tem roteiro de Philip Gelatt inspirado em uma história de Alastair Reynolds (escritor inglês de ficção científica). Foi produzido pela Unit Image, responsável por animações fodassas (sério, vai lá no site deles), inclusive por CALL OF DUTY, FINAL FANTASY e GOD OF WAR 4.

É um dos episódios com arte digital voltada para o realismo, sensacional mesmo esse trabalho. Conta a história de uma equipe que vai fazer uma viagem entre galáxias, uma espécie de salto que leva muito tempo, e acaba sendo surpreendida ao chegar em seu destino. O plot final é muito bom. A única crítica aqui é a mesma do “A Testemunha”, pela nudez gratuita.

8. Good Hunting (Boa Caçada). 17 minutos. Nota: 4,5

Direção de Oliver Thomas, roteiro de Philip Gelatt a partir de uma história de Ken Liu (renomado autor chinês em obras de fantasia como The Dandelion Dynasty). Produzido pela coreana RedDog Culture House, desenvolve animes, animações 3D e jogos.

Também no estilo anime, tem uma pegada mística e steampunk, passado na China do séc. XX que começa a ser colonizada pelos ingleses. Mostra a relação entre os protagonistas, muito amigos, e o dever de proteção que o rapaz, filho de caçador de espíritos, tem com a Huli Jing que muda de forma.  É um dos episódios envolventes.

9. The Dump (O lixão). 10 minutos. Nota: 4,4

Direção de Javier Recio Garcia, roteiro de Phillip Gelatt baseado em um conto de Joe Lansdale, foi produzido pelo estúdio Able & Baker.

A história se passa no lixão, onde Ugly Dave tem uma humilde casa e está prestes a ter que sair de lá para dar espaço a um grande empreendimento imobiliário. É uma história divertida, mas não é das melhores.

10. Shape Shifters (Metamorfos). 16 minutos. Nota: 4,6

Direção de Gabriele Pennacchioli, roteiro de Phillip Gellat inspirado em um trabalho de Marko Kloos, é outra produção da Blur Studio.

Dois amigos, soldados do exército americano que está em uma missão no Afeganistão. possuem poderes sobrenaturais em comum e, embora sejam fundamentais para as incursões do pelotão, são marginalizados pelos demais soldados, por serem quem são. A história é muito boa, do tipo que poderia ser explorada num jogo, por exemplo.

11. Hand Helping (Ajudinha). 10 minutos. Nota: 4,9


Episódio maravilhoso, arte maravilhosa, história maravilhosa. Você passa quase que 10 minutos de aflição sem saber como a protagonista, uma astronauta, vai conseguir sair da situação em que um acidente a colocou. É um dos melhores episódios.

Com direção de Jon Yeo, roteiro de Phillip Gelatt baseado numa história de Claudine Griggs. O estúdio responsável é o inglês Axis Studios, colecionador de premiações por efeitos especiais e responsável por muitas animações bem fodassas.  Olha aqui alguns trabalhos. Sabe quem trabalha lá? Hudson Martins, brasileiro responsável por efeitos FX (efeitos especiais).

12. Fish Night (Noite de Pescaria). 10 minutos. Nota: 4,4

Direção de Damian Nenow, roteiro de Phillip Gelatt inspirado em um conto de Joe Lansdale. Foi produzido pela Platige Image Studio, outro estúdio fodasso que coleciona trabalhos impecáveis e muitos prêmios. Os caras estão por trás dos cinematics de PUBG, The Witcher 3, Halo 5, For Honor e Dishonored.

Um ponto alto desse episódio é indiscutivelmente a arte. Contado por meio de um desenho animado, a história se passa no deserto, onde dois trabalhadores ficam sem saber o que fazer após seu carro apresentar um defeito irreparável.

13. Lucky 13 (Número da sorte). 14 minutos. Nota: 4,8

Produzida pela Sony Pictures Imageworks, a produtora mais famosa de todos dessa lista, que recentemente abocanhou o Oscar por “Homem Aranha no Aranhaverso”.  Os caras são também responsáveis por Os Smurfs, Beowulf, Angry Birds, os efeitos especiais de Esquadrão Suicida, Hotel Transilvânia e várias outras grandes produções.

Com direção de Jerome Chen, roteiro de Phillip Gelall inspirado em um trabalho de Marko Kloos, esse episódio conta a história de uma pilota (Samira Wiley) que começa a fazer missões a bordo da nave Lucky 13, que estava acumulando um histórico de insucessos. Ela se acha azarada por ter de pilotar uma nave com uma fama tão ruim, mas ela vai mudar de ideia. É também um dos melhores e mais bem produzidos episódios.

14. Zima Blue. 10 minutos. Nota: 4,7

Um grande artista, Zima, decidiu viver recluso e depois de 100 anos desse isolamento, resolveu conceder uma entrevista e divulgar o seu trabalho final. A história é envolvente e o plot, muito bom.

Direção de Robert Valley, roteiro de Phillip Gelatt baseado em uma história de Alastair Reynolds. O estúdio responsável é o inglês Passion Animation Studios, que coleciona uma série de trabalhos sensacionais. Certeza que se você acessar o site, vai reconhecer algum dos trabalhos deles.

15. Blindspot (Ponto Cego). 8 minutos. Nota: 4,2

Direção e roteiro de Vitaliy Shushko e animação de Elena Volk, conta a história de uma equipe de ciborgues numa missão suicida para roubar um chip. Parece um fanfilm de Boderlands com Velozes e Furiosos, o que acaba sendo uma história divertida.

16. Ice Age (Era do Gelo). 10 minutos. Nota: 4,0

É o único episódio com humanos “reais” contracenando, mostra o que acontece num freezer antigo de um casal, que acaba de mudar para esse apartamento.

Tem direção de Tim Miller, roteiro de Phillip Gelatt baseado em uma história de Michael Swanwick e é produzida por uma parceria firmada entre três estúdios: Digic Pictures (pessoal que trabalhou em Sekiro: Shadows Die Twice), Blur Studio e Atomic Fiction (que atualmente virou Method Studios).

17. Alternative histories (Histórias alternativas). 7 minutos. Nota: 4,3

É uma animação engraçadinha que conta várias versões para Hitler, em uma narrativa bem criativa.

Direção de Victor Maldonado e Alfredo Torres, roteiro adaptado de Phillip Gelatt baseado em um conto de John Scalzi, foi produzido pela Sun Creature Studio, que coleciona muitas animações, inclusive para a Cartoon Networks.

18. Secret War (A guerra secreta). 16 minutos. Nota: 5,0

Direção de István Zorkóczy, roteiro de Phillip Gelatt baseado em uma história de David W. Amendola, foi produzido pelo Digic Pictures (pessoal que trabalhou em Sekiro: Shadows Die Twice). Unidades de um exércido de elite russo combatem um misterioso mal que assola as antigas florestas da Sibéria. Os elementos narrativos aqui são muito bem trabalhados e parece, inclusive, um cinematic de um jogo de guerra. É um dos melhores.

Seguimos a ordem dos episódios no Netflix mas se quer saber quais elegemos como melhores, é só ver os que receberam notas acima de 4,5 aqui. No mais é só correr pro Netflix e dar o play!

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