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Foto do escritorDaniel Miranda

Já não me sinto em casa nesse mundo – Crítica sem spoilers

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O filme conta a história de Ruth, uma personagem melancólica e solitária que lida diariamente com o trabalho de enfermeira e vive numa cidade norte-americana normal, em meio a uma vizinhança comum.

Ruth (Melaine Lynskey) é sensível, delicada e antissocial e esse background contrasta com os personagens que ela lida durante a trama, que são – muitos deles – pessoas sem qualquer empatia ou consideração pelo próximo. Por exemplo, um vizinho que passeia com o cachorro mas sempre deixa o cocô em cima da sua grama, ou um rapaz aleatório num bar que puxa assunto por conta de um livro que ela está lendo, e acaba dando um spoiler gratuito.

As expressões de chateação que Ruth faz demonstra, não só pra ela mas para nós, o quanto é chato lidar com situações assim na nossa vida.

A trama começa quanto Ruth, durante o trabalho, tem sua casa assaltada. Ela nos passa a todo o momento a sensação de ser violada, de não se sentir segura e estar sozinha, vulnerável, além de ter seus poucos pertences furtados e toda essa situação é a gota d’água para aquilo que ela tolerava diariamente. Diante da sua frustração com a humanidade, Ruth, motivada por seu senso de justiça e de reaver suas coisas, procura o seu vizinho, Tony (Elijah Wood) e começam uma investigação e busca dos seus pertences.

Dois personagens muito carismáticos (cada um com as suas loucuras), começam a busca transitando por cenários cuja fotografia é meticulosamente escolhida, para comunicar ao espectador a frieza, o calor, a tristeza e até a crueldade. De um lado, Ruth, desengonçada e determinada a cumprir seu objetivo e, de outro, Tony, um “roqueiro” que é bem esquisito mas não se recusa a fazer amigos e a embarcar nessa maluquice com Ruth.

O mais legal desse filme é que você o assista sem qualquer expectativa, sem spoiler nem nada. É um filme despretensioso (não tem a intenção nenhuma de ser uma “crítica social foda“) mas é divertido, leve, pesado em muitas horas, dramático em tantas outras e mesmo com toda essa farofa, busca passar várias mensagens legais, seja essa da imagem ou então, que nem todo mundo é tão nojento assim.

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O filme tem um quê de comédia, permeado pela melancolia das situações cotidianas que vivenciamos, embora seja classificado como drama/ filme policial.

Confira o trailer:


O filme tem direção e roteiro de Macon Blair, marcando sua estreia como cineasta e ganhou prêmio de Melhor Drama pelo Sundance Film Festival de 2017. Com estreia em fevereiro desse mesmo ano, foi disponibilizado diretamente pela Netflix.

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