Sem dúvida, e com méritos, um dos maiores clássicos da história do cinema. Um dos mais marcantes filmes de comédia, e um dos mais marcantes filmes de ficção científica. Além de um dos ícones da cultura Pop dos anos 80.
Sobre o roteiro:
Tá, é uma história boba, mas… em quase todas as principais comédias boas, a história também é boba. Mas o roteiro é o de menos. O destaque vai mesmo é para as situações que o roteiro possibilita, e para as atuações e os efeitos especiais, então, nada de errado em criar uma agência especializada em capturar fantasmas que assombram New York. Nada errado em um monstro gigante feito de marshmallow, e nada errado em um monte de papo técnico pseudo-científico para sustentar o roteiro. Todos perdoamos. Na verdade, ignoramos.
O que este filme tem de especial?
É uma obra de 1984, então, infelizmente não posso ser preciso em relação ao impacto que este filme causou na época. E também é difícil fazer comparações com um dos principais chamarizes do filme: Efeitos especiais. Vendo o filme hoje, os efeitos parecem extremamente amadores e toscos, em sua maioria, mesmo usando tudo de ponta que a tecnologia da época possibilitava. Para simples efeito de comparação, Back to the Future (outro filme que carrega as mesmas insígnias descritas no primeiro parágrafo deste texto) é apenas alguns meses mais velho do que Ghostbusters, mas tem efeitos especiais que parecem 20 anos mais recentes. Tudo bem, teve a produção de Steven Spielberg, mas ainda assim… Enfim, parece aqui que estou falando mal dos efeitos que marcaram uma geração inteira como algo mágico, mas não é essa a minha intenção. Apenas pretendo enfatizar que, como não o assisti com aquela coisa de surpresa na época, e sim, depois de ter assistido The Matrix, Avatar, Terminator 2, entre outros revolucionários no assunto, fui condicionado a ser exigente quanto a isso. Mas reconheço a questão do mérito baseado na época.
Outro grande destaque do filme vai para sua música tema, fruto de um plágio de Ray Parker Jr, de uma música do Huey Lewis, mas que resultou numa obra muito melhor do que a original, e é um dos grandes destaques e símbolos do filme e de toda uma geração. Fora isso, as atuações muito boas do já muito bom elenco, estrelado por Bill Murray, Dan Aykroyd, Sigourney Weaver e Rick Moranis.
Quando e com quem assistir a este filme?
É uma comédia leve, sem insinuações pesadas, cenas fortes, nem nada do tipo. Como é do feitio de Iva Reitman, é uma comédia leve pra ver com a família toda, sem contra-indicações, e sem grandes expectativas. Foi um grande clássico de seu tempo, mas provavelmente o público jovem não vai ter essa reverência toda pra assisti-lo.
Ficha técnica
Elenco: Bill Murray – Doc. Peter Venkman
Dan Aykroyd – Doc. Raymond Stantz
Harold Ramis – Doc. Egon Spengler
Ernie Hudson – Winston Zeddemore
Sigourney Weaver – Dana Barrett
Rick Moranis – Louis Tully
Annie Potts – Janine Melnitz
Larry King – Larry King
Direção: Ivan Reitman
Produção: Ivan Reitman
Roteiro: Dan Aykroyd & Harold Ramis
Trilha Sonora: Elmer Bernstein
1984 – EUA – 107 minutos – Comédia / Ficção Científica
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