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Drácula: Uma História de Amor Eterno

"Dracula: Uma História de Amor Eterno" é um filme do diretor Luc Besson (O Profissional, O Quinto Elemento) que reimagina a história de Drácula, transformando-o de um monstro assustador em um personagem romântico e trágico. O diretor trocou o terror por uma história de amor, usando cenários e figurinos luxuosos para contar a jornada de um príncipe que, após ser traído por Deus no século XV, é condenado a uma vida eterna em busca de seu amor perdido.

Conde Dracul
Drácula de Luc Besson


A Visão de Luc Besson e a Estética do Filme


Besson criou um filme visualmente deslumbrante, que mistura elementos de filmes históricos e romances de época. A história se passa em cenários ricos do final do século XIX em lugares como Paris, Bagdá e Índia. O diretor de arte Hugues Tissandier criou cenários impressionantes, como um castelo barroco e uma recriação detalhada do Hôtel de la Marine em Paris. Luc Besson queria que o filme fosse grandioso visualmente, mas com uma história mais focada na emoção do que na ação.

A escolha do ator Caleb Landry Jones (X-men Primeira Classe, Corra) para o papel de Drácula foi fundamental. Ele interpreta o personagem de uma forma única, com uma maquiagem pesada, roupas extravagantes e um jeito de andar que lembra um poeta decadente, em vez de um predador. A voz grave e arrastada de Jones, que ele treinou com um professor romeno, dá ao personagem uma estranheza fascinante. O filme foca na dor e na solidão de Drácula, que é um homem quebrado pelo amor, não um monstro sedento por sangue.

Caleb Landry Jones

O Elenco de Apoio e a Direção de Arte


O filme também se destaca pelas performances de outros atores. A estreante Zoë Bleu interpreta Mina com uma inocência perturbada, enquanto Matilda De Angelis brilha como a vampira Maria em uma cena de carnaval cheia de energia. Christoph Waltz (Bastardos Inglórios, 0007: Spectre) traz uma gravidade irônica ao papel do padre caçador de vampiros, e sua cena final com Caleb Landry Jones é um ponto alto do filme, marcada pela tensão e pela atuação precisa dos dois atores.

A direção de Besson é lírica e visualmente rica, com movimentos de câmera amplos e cenários deslumbrantes. A figurinista Corinne Bruand criou mais de 2.000 trajes, usando cores que representam a jornada emocional dos personagens: roxo para Drácula, azul claro para Mina, e bordô para Maria. A música assombrosa de Danny Elfman completa a atmosfera do filme, adicionando uma camada de melancolia à história.

Ewens Abid, Chritoph Waltz, Guillaume de Tonquédec

Legado do Filme


Apesar de toda a sua beleza, "Dracula: Uma História de Amor Eterno" pode ser visto por alguns como uma versão nostálgica e talvez ultrapassada do mito de Drácula, comparando com versão de 1992 do diretor Francis Ford Coppola. O filme não traz uma visão crítica sobre temas atuais. Besson revisita a lenda com paixão, mas sem grandes mudanças, mantendo uma visão masculina do sacrifício romântico.

No geral, o filme é uma obra cinematográfica boa e nitidamente pessoal de Luc Besson. Com sua ambição visual, atuações intensas e trilha sonora hipnotizante, ele se torna uma homenagem ao cinema clássico e ao romantismo trágico. Ao rejeitar o terror, Besson transformou o vampiro em um símbolo de amor eterno, e é essa visão que faz a lenda de Drácula voltar a pulsar na tela. Nota: 6 / 10

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