Crítica The Flash – o Multiverso da DC (contém spoilers)
Por Yzza / 14 de junho de 2023
Nessa terça, dia 13 de junho, rolou a cabine de The Flash (2023), de Andy Muschietti e baseado no herói homônimo dos quadrinhos. Com Erza Miller, Michael Keaton, Ben Affleck, Sasha Calle e grande elenco, o filme estréia amanhã (dia 15 de junho) nos cinemas de todo o Brasil. O longa é baseado no arco dos quadrinhos Ponto de Ignição (Flashpoint, 2011), escrito por Geoff Johns, desenhado por Andy Kubert e publicado pela DC Comics, e introduz o conceito de multiverso no universo cinematográfico da DC.
Flash (Erza Miller) é o alter ego de Barry Allen, um jovem super herói que, além de salvar o mundo ao lado da Liga da Justiça, também tenta salvar seu pai da acusação de assassinar a esposa, mãe de Barry. Ao explorar seus poderes, Flash ultrapassa a velocidade da luz, se tornando capaz de se movimentar no tempo e retornar ao passado para salvar sua mãe da morte, porém, apesar do alerta de Bruce Wayne (Ben Affleck), o jovem ignora as possíveis consequências dessa ação e se perde na linha temporal, ficando preso em uma realidade alternativa com seu eu do passado. Mesmo com a tendência recente dos filmes da DC e, principalmente, os do universo do homem-morcego, de ficarem cada vez mais sombrios e sérios, The Flash é um filme divertido e engraçado, cheio de referências, e com muito fan-service.
A história é simples, mas bem executada, utiliza referências da cultura pop para explicar alguns conceitos, como por exemplo o filme Efeito Borboleta, que mostra os perigos da viagem no tempo e de se alterar eventos do passado para o futuro; o filme De Volta Para o Futuro também é usado para que Barry perceba as alterações que ele próprio causou àquela realidade; e ainda explica o multiverso de maneira satisfatória por meio do Bruce Wayne (Michael Keaton) da segunda linha do tempo, utilizando macarrão e metáforas.
Na segunda linha de tempo, como estou chamando a realidade alternativa para que Barry volta, Kal-El não chega a Terra, fazendo com que naquela realidade não exista um Superman, apenas sua prima, Kara, a Supergirl. Em determinado momento, é mostrado um choque de realidades, em que os diversos mundos estão colidindo. Aí que o fan-service rola solto, tem o Superman do Christopher Reeve sendo homenageado junto a Supergirl de Helen Slater e até uma versão do Nicholas Cage como Superman.
Apesar de ser protagonizado pelo Flash, a estrela do filme, sem dúvidas, é o Batman, ou melhor, os Batmans. A presença de George Clooney como Bruce Wayne no final, indicando uma terceira linha temporal, é a cereja do bolo.
Infelizmente, os efeitos especiais deixam a desejar, com bebês disformes que fariam o bebê de Chiara (Jade Picon em Travessia) parecer bem feito. Alguns personagens ficaram tão artificiais que parecem ter saído de um jogo da década passada e, em certos momentos, o rosto de Erza Miller sofreu distorções bizarras, o que atrapalhou a imersão.
NOTA: 7,5/10
Lembrete: há uma cena pós créditos, vale a pena esperar para assistir!
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