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Foto do escritorDaniel Miranda

Crítica | Station Eleven – Série pós-apocalíptica é uma agradável surpresa da HBO Max

Atualizado: 22 de mai.

Sinopse

Station Eleven (Estação Onze) é baseado na obra de Emily St. John Mandel, e acompanha uma epidemia devastadora de gripe suína que extingue grande parte da humanidade. Décadas depois, os sobreviventes fazem o possível para reconstruir e reimaginar a vida em sociedade novamente. A historia acompanha Kirsten, que participa de uma trupe itinerante de artistas conhecido como Travelling Symphony, que através da arte fazem uma turnê anual passando por vários locais que na região dos lagos levando alegria e esperança num mundo pós-apocalíptico.


Station Eleven (Estação Onze)


Apesar de trazer uma narrativa bem parecida com o nosso momento atual, e ter investido num gênero de ficção pós apocalíptica tão explorada e saturada nos últimos anos, a série lançada pela HBO Max, conquistou o publico e os críticos e recebendo 97% de aprovação no Rotten Tomatoes. A série conta sua história de maneira cativante e intrigante, alternando momentos entre o presente e o passado, uma narrativa bem característica nas series da HBO, indo e vindo no tempo, mas sempre com uma transição suave sem quebrar a narrativa, emoção e o drama nos seus grandes momentos e clímax.


Station Eleven

Mas Station Eleven não é uma ficção científica que se apega a pandemia e ao pós apocalíptico, sendo essa temática apenas um cenário de fundo, a beleza da série é através das artes e sua importância para as relações na humanidade. A dinâmica entre os personagens e a leveza dos diálogos carregados de sentimentos e reflexões enriquecem cada cena, trazendo o peso que a serie se propõe, prendendo cada vez mais o espectador em sua narrativa.

  

Station Eleven

A série é uma adaptação do livro homônimo da canadense Emily St. John Mandel, de 2014. Estação Onze faz parte do subgênero batizado na língua inglesa de cosy catastrophe (catástrofe aconchegante, em português). Em Estação Onze, é a relação dos personagens com a arte que produz efeito reconfortante. Recebidos como celebridades nos vilarejos por onde passam, a série acompanha os integrantes da Sinfonia Itinerante que fazem um percurso passando pelos vilarejos que se formaram nesse cenário pós apocalíptico apresentando peças de Shakespeare tendo em seu elenco Kirsten (Mackenzie Davis) já adulta, e que precisamos destacar sua atuação espetacular, assim como sua versão criança interpretada pela pequena Matilda Hawle. Suas interações com Jeevan (Himesh Patel) são sem duvidas, um dos destaques da série, além de todo o elenco da trupe que conta com: Caitlin FitzGerald como uma estrela de cinema humilde, David Cross como uma diretora confusa, Lori Petty, como uma compositora obstinada.


Station Eleven é uma grata surpresa, vale pontuar que seu desenvolvimento é lento e pode não agradar muitas pessoas, mas que traz excelentes diálogos e reflexões e nos faz querer viajar e acompanhar Kirsten nessa jornada de descobertas e superação. Uma motivação da qual precisamos nos dias de hoje em meio a pandemia e todas as suas dores, onde a arte se faz presente para muitos em meio ao isolamento, sejam através de lives com artistas e influencers, filmes, séries, músicas, livros. Se tornando um remédio contra a insanidade.



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