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Foto do escritorDaniel Miranda

Crítica: Medo Profundo


Gravado em 2016 e já lançado em vários países em 2017, o longa que passou por algumas mudanças de nome e de distribuidora enfim chega as telonas brasileiras agora em 2018.

Em Medo Profundo, primeiro filme grande do diretor Johannes Roberts, somos apresentados a duas irmãs, Lisa (Mandy Moore) e Kate (Claire Holt) que vão passar alguns dias no litoral do México. Quando Kate descobre que o namorado de Lisa rompeu com a irmã por acha-la monótona e pouco descolada, mais do que depressa a jovem a jovem sugere que a irmã faça algo radical e descolado, fotografe a publique em suas redes sociais, para que seu ex as veja e mude seus conceitos em relação a Lisa (Sim esse é o motivo que faz essas duas entrar na maior enrascada de suas vidas).

Influenciadas por dois rapazes que elas conhecem na praia as irmãs decidem fazer um mergulho com tubarões brancos. Chegando ao barco onde são feitos os mergulhos, fica claramente notável que o responsável por tal empreendimento aparentemente age de forma clandestina, vide a forma como atrai os tubarões e as péssimas condições em que a embarcação se encontra, porém as personagens são burras demais para ver que aquilo não terminaria de uma forma boa, e mesmo assim decidem fazer o mergulho com tubarões dentro de uma gaiola. Como já era de se esperar, após uma falha no equipamento do barco a gaiola é solta e afunda no mar deixando as irmãs a 47 metros de profundidade, com uma hora de oxigênio e cercadas por tubarões. E é literalmente ai que começam os problemas do filme.




A partir do momento em que a gaiola afunda o filme é mostrado apenas pela perspectiva das irmãs, ou seja, nada de cenas na superfície, apenas o escuro e claustrofóbico ambiente submarino, nos primeiros momentos isso ajuda bastante o filme para criar uma atmosfera de suspense e até um leve terror psicológico, pois o fato das meninas ter pouco oxigênio e pouco tempo para se livra desta situação causa uma certa tensão no público. Ainda sobre o clima de tensão e medo gerado nas profundezas a trilha sonora é um dos pontos fortes do longa. Toda feita com sintetizares (estilo Stanger Things) a trilha consegue nos passar uma espécie de sensação de mistério e calmaria que combina bem com o ambiente marinho, mas ao mesmo tempo consegue nos deixar tensos e aflitos quando o filme pede.

Apesar de ser tecnicamente interessante, os maiores problemas do longa estão relacionados ao roteiro e aos personagens. Certamente temos que ter um certo nível de suspensão de descrença para digerir esse tipo de filme, mas nesse caso o roteiro abusa disso, e em certos momentos fica difícil de crer em certas situações que são colocadas, ainda mais com essas personagens inconstantes que as vezes tomam decisões estupidas e logo em seguida se mostram super sagazes e inteligentes, para resolver certos desafios na tentativa de sair de tal situação. Outro problema do filme é a falta de visibilidade, como o filme se passa 80% no fundo do mar as cenas são muito escuras, o que as vezes dificulta o público identificar o que esta acontecendo durante as ações do filme, fato que também acaba gerando alguns erros de continuidade bastante gritantes e m algumas cenas.




Diferente de outras produções, aqui os tubarões servem mais como uma espécie de obstáculo que impede as personagens de chegar a superfície, do que monstros sanguinários que querem matar a qualquer custo como estamos acostumados a ver em filmes do gênero. Apesar da premissa diferente e do filme conseguir passar tensão e medo na maior parte do longa, infelizmente o roteiro, a falta de desenvolvimento dos personagens e principalmente o final do filme acabam falando mais alto, fazendo com que o filme se torne um pouco desagradável e até mesmo um pouco frustrante com a fraquíssima resolução que nos é dada  no fim do longa.







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