Crítica: Jogador n°1
Em 2044 depois de uma enorme crise de energia a população da Terra se vê obrigada a viver em um cenário onde a falta de recursos e a pobreza é assustadora, como saída para escapar dessa realidade desolada que nosso planeta se tornou a maioria das pessoas passa a maior parte do tempo logada no OASSIS , um jogo de realidade virtual onde você pode praticamente ser o que quiser.
Tudo muda quando o criador do jogo morre e deixa um video explicando que aquele que encontrar um Easter Egg que ele deixou dentro do OASSIS, será seu herdeiro, recebendo total controle sobre o OASSIS e seus bilhões que ele acumulou durante sua vida. Logo, todos os usuários do sistema se mobilizam na busca pelas três chaves que levam ao tão desejado Easter Egg, porém uma uma enorme corporação chamada IOI decide entrar com tudo na competição, afim de assumir o OASSIS e torna-lo um sistema extremamente comercial, o que faria com que boa parte dos usuarios deixassem de ter acesso ao sistema.
Encabeçada pelo inescrupuloso Nolan Sorrento ( Ben Mendelsonh) a IOI usa de todos os tipos de trapaça e ações criminosas para tentar sair na frente na competição. Do outro temos nosso protagonista Wade (Tay Sheridan), um jovem orfão que vive nas torres de trailers com sua tia,e é obcecado por James Halliday (criador do OASSIS).Disposto a vencer a competição, Wade usa todo conhecimentos que tem sobre a biografia de Halliday para tentar resolver os enigmas e conquistar o Easter Egg de Halliday.
Definitivamente Spielberg foi a melhor escolha possível para adaptar este livro que faz referências e homenagens a maravilhosa cultura pop dos anos 70/80/90 que ele mesmo ajudou a construi ao longo da sua carreira. Ele traz aquela atmosfera de filme Sessão da Tarde, típica dos seus filmes mais antigos e com isso da um ritmo leve a dinâmico ao longa, sem perder o ritmo alucinado que ele dá as cenas de ação, principalmente na cena inicial da corrida, que nos faz ficar na ponta da cadeira.
A parte das referências a cultura pop ( aqui não só dos anos 80) é um show a parte,é literalmente um mundo repleto de personagens que povoam o nosso imaginário desde a infância. Uma coisa super interessante que acontece no filme é que conseguimos ver claramente que Spielberg realmente se divertiu fazendo o filme, pois podemos ver ele se aproveitando da temática do filme para fazer referências a filmes que ele é assumidamente fã, como é o caso de King Kong que tem uma cena excelente no filme. No meio do filme Spielberg recria partes de um clássico do terror, a cena é de uma perfeição técnica tão grande que chega a nos deixar boquiabertos.
Se você não é um grande conhecedor dessa cultura dos anos 80 e está com medo de ficar “‘perdido” com esse tanto de referências, pode ficar despreocupado, o roteiro não pega leve e não foca em referências obscuras e que sejam desconhecidas do grande público, mas quando ele faz isso logo em seguida ele da uma leve explicada. Um ponto extremamente positivo é que quem assina o roteiro é Ernest Cline, ninguém menos que o próprio autor do livro. Cline consegue fazer uma excelente adaptação de sua obra fazendo algumas alteração que fazem a narrativa do livro funcionar perfeitamente na telona.
Por mais que eu tenha gostado dos últimos filmes do Spielberg, eu estava sentindo falta desse Spielberg raiz, que tem o dom de fazer esses Blockbusters que agradam a família inteira, e é isso que Jogador Numero é, um filme leve, emocionante com um ritmo constante,extremamente eficiente no que se propõe e que representa o livro de forma primorosa. Como fã torço muito para que Spielberg continue a fazer filmes nessa pegada, pois foi assim que o conheci e me tornei esse nerd apaixonado pelo cinema que sou hoje.
Dou 5/5 pães de queijo para esse filmão!!!
Marlon Spielberg
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