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Foto do escritorDaniel Miranda

Crítica: Círculo de Fogo 2 – A REVOLTA


Já falamos sobre o filme aqui, quando saiu o trailer. Então vou poupar vocês dessa introdução pois se quiserem,  nossas impressões estão lá no link.

Se em princípio o fato de Guilhermo Del Toro não estar na direção dessa vez (trabalhou apenas como consultor), poderia prejudicar a qualidade desse filme, por outro lado, nas mãos de Steven DeKnight, o filme entregou justamente o que prometeu: ação, jaegers, kaijus e John Boyega.

O filme começa explicando o que ocorreu desde a história do primeiro filme, contextualizando até para aquele telespectador que caiu de paraquedas na sala de cinema, sem saber o que estaria assistindo. Porém, recomendo muito que você assista antes o Pacific Rim (Círculo de Fogo) de 2013 para a sua experiência, nesse segundo filme, ser melhor. Jake (John Boyega), explica que se passaram dez anos desde a guerra retratada no primeiro filme. Havia uma fenda aberta pelos precursores, que enviaram kaijus (bestas) para a terra, mas foram combatidos pelos humanos e seus Jagers (robôs gigantes construídos pela Iniciativa Jaeger para servirem de armas).



Jake Pentecost, filho de Stacker Pentecost (um militar, da Iniciativa Jaeger que se sacrificou no primeiro filme para salvar a humanidade), não gosta de ser identificado pelo nome e vive nos subúrbios de um mundo pós apocalíptico, contrabandeando peças de Jaegers que viraram sucata depois que a guerra acabou, até que é preso e passa a integrar a Iniciativa Jaeger. Lá ele conhece a equipe de recrutas e reencontra Nate (Scott Eastwood) e sua irmã adotiva, Mako (Rinko Kikuchi), ambos do primeiro filme.




Dentro de um roteiro previsível para um filme com essa premissa, “Pacific Rim 2: Uprising” não é, nem de longe, um filme ruim. Existem muitos efeitos especiais, lens flare, elenco de todo o tipo, cenários com prédios, bom humor, jaegers coloridos, jaegers drones, zero romance/ namorico, atores bons e um roteiro simples, mas redondo e com uma reviravolta.

Queria o quê? Que um filme que retrata a batalha de Jaegers e Kaijus fosse indicado ao Oscar de melhor roteiro? Não dá pra inventar problema onde não tem.




Os efeitos especiais são incríveis, embora com pouca novidade se vocês já tem assistido os recentes Transformers, por exemplo. Porém, embora o filme tenha sido adaptado para IMAX, os sons e esses mesmos efeitos dão um toque de “realidade” que parece estarmos dentro daquele cenário. Quando o Gypsy Danger (Jager principal do filme) dispara um canhão de plasma, o barulho é muito alto e traz a sensação de ser uma arma muito potente, já que faz um barulho fora do comum. Os cenários não mudam muito, sendo centros urbanos com arranha-céus, todos muito parecidos, o que é uma pena … apenas uma única vez saem desse ambiente. Imagina uma luta dessas sendo levada para as montanhas, para uma floresta, para o deserto? Ah não, deserto não … já teve isso em Transformers. Um dos cenários finais escolhido foi o Japão e pra mim, foi uma grande homenagem colocarem cenas lá. Bem, a fonte que bebeu Pacific Rim está lá, com Godzilla gigante pela cidade, Neo Genesis Evangelion e Gundam, porém se não fosse por mencionarem no filme que estavam no Japão, a gente nem ia sentir a diferença.




Uma outra coisa não muito legal é que não exploraram muito os personagens novos apresentados como recrutas, daí nem dá tempo de gostarmos de alguém e torcermos por eles. Parece que foram colocados lá só pra fazer média mesmo.

Por outro lado, a nova recruta interpretada por Cailee Spaeny é bacana e ganha alguma profundidade, assim como Liwen Shao (Jing Tian). Dr. Newton (Charlie Day) e Hermann Gottlieb (Burn Gorman) retornam nesse filme com papéis de destaque. Porém, quem rouba a cena mesmo é John Boyega, com piadas, nerdices e um crescimento legal dentro da história.

E, por fim, o toque de Guilhermo Del Toro foi sutil mas fez muita falta para adicionar um toque mais sombrio e monstruoso aos kaijus e jaegers. Os jaegers são limpinhos e coloridos e os primeiros kaijus que aparecem, confesso que achei eles bonitinhos. O único crédito pro kaiju que damos é para aquele que aparece no trailer: aquele ali é monstrão mesmo.




Então é isso gente: “Círculo de Fogo 2: A Revolta” é um filme muito bom, merece sim a sua ida no cinema e se possível, em Imax (pelos efeitos especiais, já que o filme foi adaptado).



Vamos deixar aqui algumas referências feitas pelo filme, para tornar a sua experiência melhor quando assistir:

Salt Bae

Neon Genesis Evangelion

Trololo

Gundam


Godzilla: Lagartão subindo o Monte Fuji no Japão





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