Eric ficou dois anos preso no Mangaratu (Foto: Reprodução Netflix)
A segunda temporada da série Cidade Invisível da NETFLIX estreou no dia 22 de março e contém 5 episódios.
A temporada começou com uma passagem de tempo de 2 anos desde o fim da primeira com o personagem Eric, de Marco Pigossi, desaparecido após ter tentado se livrar da entidade corpo seco, se sacrificando.
Um dos melhores pontos da segunda temporada, também, é a ambiental que sai do Rio de Janeiro e vai até o Amazonas, local onde o folclore tem mais raízes e a inclusão de personagens e atores indígenas, focando bastante na cultura deles. Que foi uma decisão muito acertada da direção!
Luna, interpretada pela Manu Dieguez está a procura do pai junto com Cuca, da Alessandra Negrini (E não há palavras para expressar o quanto ela está incrível neste papel). A Inês/Cuca conseguiu levar o corpo Do Eric para ser cuidado pelas águas, mas ela ainda não tinha encontrado onde ele estava.
E aí que Luna, firma uma troca com a Matinta Perê, uma personagem do folclore da região norte do país e foi feita pela Leticia Spiller, a personagem veio mais sombria com dentes sujos, roupas rasgadas, e descabelada. Na troca, Matinta pede a Luna que faça o que ela quer pelo retorno de seu pai.
Matinta Perê foi interpretada por Letícia Spiller (Foto: Reprodução/Netflix)
Eric ressurge para a história, e desperta do sonho aquático em uma lagoa de águas azuis cristalinas que fica no centro de um lugar sagrado para os indígenas da região que possuí bastante ouro: o Mangaratu. E é nesse local que roda toda a trama, pois ele é cobiçado por dois núcleos da série: Os Castros, e a Deborah.
INCLUSÃO DE NOVOS PERSONAGENS
A inclusão de novos personagens foi feita nesta segunda temporada trazendo mais visibilidade para atores indígenas, que infelizmente, não tinham tanto espaço em produções brasileiras e quando tem é algo muito estereotipado.
Começamos com a Deborah, da Zahy Tentehar, que consegue hipnotizar as pessoas com os olhos, porém ela usa estes poderes para o mal, tentando de todas as formas alcançar o Mangaratu.
Também tivemos a representação do pequeno Bento, do Tomás de França, que assume o papel do Lobisomen, uma das lendas mais conhecidas no mundo
O Zaori, é uma lenda conhecida no sul do país, que são homens que nascem em sextas feiras santas e com os olhos brilhando conseguem reconhecer as riquezas do país. Na série ele foi interpretado pelo Mestre Sebá, que é escravizado pelos garimpeiros Castro para encontrar o Mangaratu e conseguir tomar o ouro para eles.
A Mula-sem-Cabeça da Juíza Clarisse feita pela Simone Spoladore também foi uma ótima representação, tanto pela atriz, quanto pelos efeitos feitos pela produção da série. A juíza não aceitava o poder e se enxergava como uma maldição, até a Cuca mostrar para ela e outro personagens que também pensavam desta forma que eles não estavam em nenhuma maldição.
A Mula sem cabeça foi uma ótima representação feita pela série (Foto: Reprodução Netflix)
Também tivemos Telma, uma promotora indígena interpretado pela Kay Sara, que não possui poderes, mas é filha da Pagé Jaciara, da Emerlinda Yapario.
CONCLUSÃO
O folclore brasileiro é muito rico, e a série traz isso de uma forma muito boa, mostrando um pouco de todas as entidades, não faz um grande trabalho antropólogo, mas mostra de uma forma resumida e bem rasa sobre a cultura.
Um dos meus maiores problemas com a série foi justamente o retorno feito após dois anos de história e conter apenas 5 episódios, fica muito corrido para resolução de alguns plots da série e não consegue se aprofundar em dramas de alguns personagens.
De modo geral, Cidade Invisível é uma iniciativa que precisava ser feita a muito tempo. O folclore brasileiro é muito rico e está na vivência e educação de toda criança brasileira, e enquanto trabalhos internacionais são exaltados por muitos, é importante histórias e trabalhos nacionais estarem em alta na maior plataforma de streaming do mundo, por isso eu torço muito por uma terceira temporada!
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