Saudações querios nerds!
É com muito prazer que quero mostrar a vocês as maravilhas da série Bridgerton da Netflix, falando sobre seu enredo, direção e fotografia! Bora conferir?
Ah e não se esqueça de conferir o vídeo falando sobre a série que está disponível no meu IGTV, conversamos também alguns assuntos extras como algumas filosofias sobre o amor e como ele dá trabalho e ainda alguns assuntos relacionados à beleza da obra.
Mas, voltando ao assunto….
Bridgerton nada mais é do que aquelas séries de época que acontece antes da Era Vitoriana em Londres. Obra que lembra bastante Orgulho e Preconceito de Jane Austin e Ana Karenina de Leao Tostoi (obras que sou apaixonada e que, para mim representam lindamente esses períodos).
A série já começa surpreendendo ao nos mostrar uma Rainha diferente da que temos costume de ver em filmes e séries desse período. Uma Rainha preta.
E não é só ela, também contamos com vários personagens de alto nível na sociedade de cor de pele preta. E isso é um ponto muito interessante porque mostra que as pessoas não são tratadas de acordo com a cor da pele e sim com a classe social. Seja Rainha, Visconde, Duque, Dama de Companhia, Modista, Artista, todos são tratados de acordo com a classe e pronto!
Ah e não pense que isso foi colocado como uma forma de inclusão e nem mesmo forçado, há uma explicação, que é tratada de forma tão sutil e natural que isso gerou pontos muitos positivos para a série.
A série tem um enredo muito bem construído e focado na família Bridgerton. Nos livros, no qual a série é inspirada, cada volume é focado na história de um irmão e parece que a Netflix assinou um contrato mantendo a série por 8 temporadas para que todos os irmãos tenham o “seu momento”.
Ah, uma observação muito legal é que os irmãos tem o nome em ordem alfabética de acordo com o seu nascimento:
Anthony (Jonathan Bailey) 1784; livro 2
Benedict (Luke Thompson) 1786; livro 3
Colin (Luke Newton) 1791; livro 4
Daphne (Phoebe Dynevor) 1792; livro 1
Eloise (Claudia Jessie)1796; livro 5
Francesca (Ruby Stokes) 1797; livro 6
Gregory (Will Tilston) 1801; livro 8
Hyacinth (Florence Hunt) 1803; livro 7
E já aproveitem que deixei aí até uma previsão de qual temporada cada irmão será destacado.
E não dá pra falar de enredo sem falar da direção também, não é mesmo? A série foi criada por Chris Van Dusen e produzida por Shonda Rhimes (Grey’s Anatomy).
A série carrega com ela um olhar feminino, com cenas pensadas para atrair as mulheres. Não, nem só de romance ou de 50 Tons de Cinza vivem as mulheres. Bridgerton tem cenas pensadas em atrair as mulheres e deixá-las loucas sem precisar de nudez explícita, atos sexuais estranhos ou cortes estratégicos.
Com pouco, sendo bem trabalhado, é possível fazer cenas perfeitas que cumprem exatamente o propósito delas. Estamos acostumados a experimentar séries de época com atos de violência ou com foco grande na nudez feminina. Bridgerton traz a nudez como algo natural, sem precisar de foco e ângulos que pareçam… outra categoria de filme. Claro que tem as partes mais exageradas, mas que condiz com cada personagem.
Pelo que é visto na série, podemos entender que cada temporada deve ser retratada de acordo com a visão de cada personagem que está em destaque, o que seria bem interessante, mas só teremos certeza quando sair a segunda temporada, que terá o foco maior em Anthony.
E como não falar dos detalhes modernos?
O primeiro deles é a trilha sonora, onde logo no início foi tocado “Thank u, next”, da Ariana Grande, interpretado por Violin String Quartet. Todas as músicas dos bailes são músicas do século XXI, especificamente próximas dessa nova década.
Além disso tem expressões que foram adaptadas, como por exemplo a expressão: “gostou? Tira um foto que sura mais tempo!” – que é dito quando as pessoas encaram demais outra pessoa – ela foi adaptada para “o que foi? Faça uma pintura que dura mais tempo!”
Há também a vontade das mulheres de se tornarem independentes e aquelas que conseguiram sua independência apenas através do casamento, mostra a luta das mulheres para ganhar o seu lugar e a sua voz mesmo que todas sejam sufocadas pelo machismo da época. Como sempre, tudo abordado de forma natural e sem violência explícita e pesada contra a mulher.
E além desse romance, ainda tem um mistério a ser resolvido, descobrir quem é a misteriosa Lady Whistledown, que escreve fofocas quentinhas sobre os bailes e as famílias mais importantes de Londres.
E claro, não podemos esquecer da fotografia, cheia de cores vivas e alegres, jardins magníficos, casas trabalhadas nos detalhes. O padrão de cores de cada baile e de cada família, que mostra a personalidade delas. Os ambientes também mudam de cor dependendo da atmosfera do lugar, se é um teatro, bordel, baile, passeio ao ar livre, entre outros.
Bom, é isso pessoal. A série já passou, mas se você ainda não assistiu, dá tempo de apreciar essa obra bem elaborada e intensa que mostra até que ponto a inocência chega nesse período.
Mas se você já assistiu e não reparou esses detalhes de jogo de câmera e narrativa, convido a assistir alguns episódios novamente com a desculpa de apresentar a série para uma nova pessoa 😉
E é isso meus amores.
Um beijo e que a Força esteja com vocês!
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