Amores Materialistas | Um filme de romance maduro

Saudações queridos nerds! "Amores Materialistas" chega aos cinemas nesta quinta-feira dia 31 de julho e traz uma comédia romântica com uma narrativa mais séria e mais madura por se tratar de personagens em torno de seus 35 a 40 anos.

Dirigido por Celine Song, que também dirigiu o filme "Vidas Passadas" de 2023, nos mostra em "Amores Materialistas" uma dúvida muito realista para homens e mulheres em torno de seus 30 a 40 anos que ainda não tem uma vida amorosa definida, pois a partir desse momento, só a paixão ou só o amor, não se torna suficiente para sustentar um relacionamento.

Estrelado por Dakota Johnson, Chris Evans e Pedro Pascal, o longa vai muito além de um triângulo amoroso. Não existe uma disputa para conquistar a garota, não tem uma trama com problemas bobos que só dizem respeito ao carinho e o respeito com ela, nisso eles se igualam, mas o grande diferencial é a realidade de cada um e principalmente a realidade financeira.

Então vem comigo que vou falar um pouco mais sobre isso e, claro, SEM SPOILERS.

O amor e a realidade financeira

Já ouvimos várias frases que "mulher gosta de dinheiro", que "o amor acaba quando acaba o dinheiro"... Bom, totalmente erradas, essas frases não estão. O dinheiro é realmente um facilitador para muitas coisas, mas não é o que garante um relacionamento estável e essa é uma das reflexões de "Amores Materialistas".

Mas o que realmente mostra é o quanto as pessoas gostam de se sentir valorizadas, ouvidas, cuidadas, seguras e não existe o jeito certo para isso acontecer, não existe o par perfeito, mesmo que se encaixe na maioria dos requisitos e categorias que se espera de um parceiro, sempre vai faltar algo e o importante é saber se você consegue lidar com essa falta ou não.

A trama não está aqui pra contar que é melhor ficar com o rico ou com o pobre, é você escolher, uma escolha consciente baseada num amor racional e calculado e essa é a parte bonita desse longa de narrativa leve, direta e realista.

Um Elenco Amável

Dakota Johnson dá vida a Lucy, uma casamenteira de Nova York que consegue analisar friamente o quanto uma pessoa é compatível com a outra e quais as chances dela encontrar um amor, dependendo da sua beleza, situação financeira, altura, ou seja, ela transforma o amor em algo matemático. A atriz não mostra muita presença em sua atuação (algo visto em outros filmes que já atuou) e acredito que isso possa ter prejudicado a presença que a personagem Lucy precisava ter, faltou se soltar um pouco mais e parecer sentir cada experiência. Tiveram duas cenas em que ela se destaca, que realmente mostra algum sentimento e uma postura diferente, que parece ter se entregado a personagem.

Chris Evans interpreta John, o ex-namorado de Lucy que não consegue se estabilizar na vida, mas que ainda mexe com seus sentimentos. Evans sempre se entrega em seus personagens e é visível o quanto ele se transforma e se diverte com todas as propostas. Em "Amores Materialistas" não foi diferente e a construção e evolução de seu personagem na trama foi natural e muito madura, diferente de muitas comédias e histórias românticas que estamos costumados a assistir.

Pedro Pascal se destaca como Henry, um homem do setor de finanças muito bem sucedido e seguro de si. Lucy enxerga Henry como um homem perfeito em todas as categorias que tem costume de analisar e ele, racionalmente, é atraído por ela pela sua inteligência e segurança. Pascal também mostra o quanto se entrega em seus personagens e não é por menos que está em grande destaque em Holywood. No longa ele entrega realmente o sonho de muitas mulheres, rico, charmoso, atencioso e romântico.

Vale a pena ver "Amores Materialistas" no cinema?

Se você quer apreciar todo o charme de Chris Evans e Pedro Pascal nas telonas, vale a pena sim, além de receber uma história romântica madura e realista.

O mais interessante nesse roteiro é que os personagens não brigam ou enganam pela atenção de alguém e nem mesmo tramam um plano que acabam se apaixonando com a convivência e nem mesmo transforma o outro em um monstro para que o público aceite a escolha final da personagem protagonista. O que acontece entre o trio é algo muito natural e crível, uma vez que ambos são pessoas amáveis e que gostam da protagonista.

Um romance maduro e sem dramas exagerados ou polêmicos era o que estava faltando nos cinemas, um filme gostoso de assistir tanto acompanhado quanto sozinho, que mostra que a vida pode ser bonita em sua realidade também, sem atos românticos exagerados e sem traumas físicos e psicológicos.

É isso nerds! Bom filme e que a Força esteja com vocês!