Saudações queridos nerds! "Acompanhante Perfeita" chega aos cinemas nas próximas semanas e entrega um terror de ficção científica de tirar o fôlego.
Dirigido e escrito por Drew Hancock, que até então tem em sua filmografia muitos roteiros para séries de TV, traz um enredo envolvente onde Drew trabalha com uma ideia já bastante explorada em filmes de ficção científica de uma maneira bem elaborada, afinal, o que acontece quando o robô não faz ideia de que é um robô e acredita fielmente que é uma pessoa de verdade?
Ficou intrigado com o que pode acontecer a partir daí? Vem comigo que vou falar um pouquinho sobre isso, SEM SPOILERS e também mostrar que algumas pessoas são capazes de se comportar como esses robôs em seus relacionamentos reais.

A insegurança, a solidão e o relacionamento tóxico
"Acompanhante Perfeita" se passa em um futuro próximo onde a IA já faz parte do nosso cotidiano de várias formas diferentes e assim foram criados os acompanhantes perfeitos, para pessoas solitárias.
A solidão gera insegurança em si mesmo e ao adquirir um acompanhante a pessoa se vê no controle do seu parceiro, que é totalmente apaixonado e dedicado a tornar o outro feliz, independente das circunstâncias. Levando para a nossa realidade atual, não parece com algum caso de pessoas reais que já tenha ouvido em algum momento em sua roda de amigos?
Mesmo se tratando de uma ficção científica, é nítido o quanto as pessoas se sentem felizes e confortáveis em relacionamentos tóxicos, claro, que estamos falando do conforto do controlador e não da vítima apaixonada. No longa, só não parece tão cruel ou irracional o comportamento do controlador, só não se sente tanta pena pela vítima, por se tratar de uma máquina, esquecendo que ela pode tomar certa consciência, mesmo dentro de suas limitações.

O terror e suas várias maneiras perfeitas
Quando pensamos em filmes de terror, logo pensamos em sustos, espíritos vingativos, assassinos psicóticos, escuridão... e esquecemos que existem outras formas de terror, já que cada pessoa é sensível a um tipo de conteúdo - algo que "American Horror Story" aborda muito bem - e assim a "Acompanhante Perfeita" entra na classificação terror a respeito das ameaças de Inteligências Artificiais, onde as máquinas, dentro de sua programação ou pequenas alterações/defeitos, encontram meios e brechas para adquirir sua autonomia e se sobrepor aos humanos que se mostram uma raça inferior e uma ameaça para a sociedade.
Dos mesmos criadores de "Noites Brutais" a equipe de produção do longa entrega esse terror de ficção científica envolvido a uma história de amor, onde os atores Sophie Thatcher e Jack Quaid, que interpretam Iris e Josh respectivamente, entregam em interpretação, mostrando nuances durante o desenvolvimento de seus personagens na narrativa.


Vale a pena conferir 'Acompanhante Perfeita" no cinema?
Vale sim! Não é uma experiência cinematográfica única e nem mesmo com um enredo surpreendente, mas a forma que Drew Hancock escolheu para conduzir o espectador dentro de sua trama, mesmo não sendo nada inovador, nos deixa atentos e curiosos para saber o que vai acontecer logo em seguida.
Um filme que também vale a pena ser colocado em pauta para refletir sobre relacionamentos tóxicos, entregando frases e momentos que já vimos várias vezes relatados por vítimas e controladores desse tipo de relacionamento, seja na vida real ou em filmes que retratam essa realidade de forma mais realista como "É Assim Que Acaba", por exemplo.
E é isso nerds! Bom filme, um forte abraço e que a Força esteja com vocês.

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