A Lenda de Ochi | Uma trama com uma protagonista difícil de acompanhar

Saudações queridos nerds, " A Lenda de Ochi" chega aos cinemas no dia 29 de maio (quinta-feira) e traz uma história não muito cativante, seja pelo enredo ou pela forma que a protagonista foi construída, se algum desses elementos mudasse, talvez a história de tornaria mais chamativa e envolvente.

Dirigido por Isaiah Saxon, sendo um dos seus primeiros filmes, percebemos uma tentativa de inserir um universo novo que se torna bem intrigante, mas pode perder a atenção do público ao apresentar uma protagonista com uma vida muito triste e desinteressante.

Vem comigo que vou explicar mais sobre ela e SEM SPOILERS.

Protagonista (nada) cativante

Provavelmente essa era a intenção no texto, criar uma personagem triste que vai se transformando e se descobrindo ao longo da trama. Acredito que a atriz Helena Zengel, que dá vida a essa personagem, tenha seguido o que lhe foi pedido e proposto, porém a forma que ela fala e se expressa fica muito a desejar.

Assim que ela nos introduz ao seu universo, não dá pra sentir muita vontade de explorar aquele mundo pois ela fala de maneira triste e desinteressante. Não digo que ela precisava ser feliz, mas pelo menos demonstrar algumas nuances dessa tristeza, alguma sensação de perigo ou de desprezo pelo lugar, mas infelizmente, manteve um tom neutro e bem baixo astral.

Durante a trama, ela tem seus momentos de felicidade, mas são picos tão extremos, reações tão bobas e diálogos sem emoção que não dá vontade de acompanhar, a não ser pelo pequeno bebê Ochi (que lembra muito o Baby Yoda) que parece ter algo de interessante para contar em seu olhar curioso ao explorar e experimentar o mundo ao lado de sua companheira humana, demonstrando mais nuances de emoções que a protagonista.

Roteiro e cenário

Porém, o cenário do filme gera uma fotografia muito bonita e agradável de se ver. A ideia de misturar o medieval com as coisas atuais, nos faz lembrar daquelas culturas onde os cidadãos vivem como antigamente (Amish, por exemplo), por escolha, por tradição e por fé.

Mesmo com um cenário maravilhoso, o desenvolvimento da história fica a desejar, uma vez que coloca assuntos interessantes, bizarros e intrigantes para nós, mas não se aprofunda nesses assuntos, deixando tudo muito raso e dificultando a conexão com os personagens o que não permite se emocionar quando o filme mostra a reconciliação da família.

Infelizmente o longa peca ao tentar trazer uma mensagem de amizade, de descoberta de si mesmo e de importância familiar. Acredito que ele tinha potencial para explorar melhor todos esses assuntos, principalmente nas cenas com o Willen Dafoe, que se destaca sendo o único que entrega emoção em suas falas, fazendo com que você entenda a profundidade ei nível de relacionamento do personagem com o outro, que entenda seus sentimentos como pai, marido, líder de tropa e fanático religioso.

Vale a pena ver A Lenda de Ochi nos cinemas?

Vai depender muito do estilo de filme que te agrada, pois ele é um filme muito parado e sem personalidade.

Possivelmente foi proposital da produção, e se foi, foi uma decisão muito arriscada. Por mais que o pequeno Ochi seja muito fofo e lembre o Baby Yoda, "A Lenda de Ochi" não é um filme que vai prender as crianças, ele não tem um toque infantil.

Quem gosta de filmes nesse estilo, mais sem emoção e sem profundidade, acredito que consiga entender ou imaginar todo o contexto e o que aconteceu pelas simples falas de interação entre os personagens. Foi o que eu fiz, já que o filme não entrega muita coisa. Porém, para pessoas que buscam por respostas do que exatamente a história quis dizer, pode ser um pouquinho frustrante ter assuntos tão interessantes e bizarros sendo tratados como algo cotidiano o comum.

É isso nerds! "A Lenda de Ochi" é um longa difícil de acompanhar pelo ritmo do desenvolvimento da trama, mas para quem gosta, irá aproveitar de um filme diferente com o seu próprio universo e seres mágicos curiosos que você descobre que tem muita conexão com o ser humano.

Um abraço e que a Força esteja com vocês!